Obama se diz solidário com político venezuelano e outros líderes civis presos

24/09/2014 09:09 Atualizado: 24/09/2014 09:09

O Presidente dos EUA, Barack Obama, disse hoje (24) estar solidário com os líderes civis que estão presos em vários países, incluindo o venezuelano Leopoldo López, detido há sete meses no âmbito de manifestações contra Nicolás Maduro.

“Estamos solidários com os que se encontram detidos neste momento. Na Venezuela, Leopoldo López; no Burundi, Pierre-Claver Mbonimpa; no Egito, Ahmed Maher; na China, Liu Xiaobo e agora Ilham Tohti; no Vietname, o padre (Nguyen Van) Ly. E tantos outros. Eles merecem ser livres. Devem ser libertados”, disse.

Barack Obama falou na “Clinton Global Initiative”, organizada pelo antigo Presidente Bill Clinton, durante a qual se referiu também à dissidente cubana Berta Soler e à luta do grupo Damas de Branco, em Cuba.

“Estes cidadãos lembram-nos porque é que a sociedade civil é tão essencial, por empurrar a roda da liberdade (…) Com os líderes civis (…) os governos são mais responsáveis e efetivos, as economias mais inovadoras e atraem mais investidores, que fazem as sociedades mais prósperas”, disse, recordando que algumas políticas dos Estados Unidos foram adotadas por pressão popular.

As declarações do Presidente dos EUA comoveram a mulher do político venezuelano, que disse aos jornalistas estar “orgulhosa por ouvir quem representa as liberdades” interceder pelo seu marido.

“Sinto-me comovida e orgulhosa ao ouvir um democrata, alguém que representa as liberdades em nível mundial, dizer que Leopoldo López merece ser livre”, afirmou Lilian Tintori, sublinhando que Barack Obama disse “palavras de verdade”.

Leopoldo López, 42 anos, é líder do Vontade Popular, um partido venezuelano de centro-esquerda. Em 18 de fevereiro entregou-se voluntariamente às autoridades, que o acusam de “instigação pública, associação para cometer delito, danos à propriedade e incêndio”.

Os delitos teriam sido praticados em manifestações convocadas por Leopoldo López em fevereiro passado, que terminaram em atos de violência, incorrendo o dirigente partidário numa pena superior a 13 anos de prisão.

O seu julgamento já foi adiado em várias ocasiões.

iOnline