Obama quer retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo

08/02/2015 13:49 Atualizado: 08/02/2015 13:49

A Casa Branca está pressionando o Departamento de Estado para que apresse sua revisão da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo, com a possibilidade de retirar Cuba, e estabelecer em abril, pela primeira vez em mais de 50 anos, uma embaixada em Havana, conforme publicado pela agência Reuters.

O regime comunista de Cuba exigiu sua retirada da lista de países terroristas como condição para a normalização das relações com Washington.

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Citando dois oficiais americanos participantes da revisão, a nota diz que a Casa Branca está ansiosa para restabelecer relações diplomáticas plenas com Havana, incluindo a reabertura da embaixada, para a Cúpula das Américas a ser realizada em 10 e 11 do próximo mês de abril, no Panamá.

Os oficiais disseram à Reuters que é esperado que o presidente Barack Obama se reúna no Panamá com o presidente de Cuba, Raúl Castro, a quem cumprimentou brevemente em dezembro de 2013 na África do Sul durante o funeral de Nelson Mandela.

No entanto, as fontes da agência disseram que o processo de revisão da lista poderia demorar até junho ou mais.

Cuba tem figurado na lista de Estados patrocinadores do terrorismo do Departamento de Estado desde 1982. Naquela época, Washington levou em conta o apoio do então presidente Fidel Castro à subversão comunista na África e na América Latina.

No seu relatório anual mais recente sobre o assunto, o Ministério das Relações Exteriores americano disse que Cuba continuou fornecendo refúgio para membros de grupos terroristas como a organização separatista basca ETA e para os guerrilheiros das FARC, ao qual fornece assistência médica, logística e de vida. No entanto, o relatório esclareceu que não havia “nenhuma indicação de que o governo cubano fornece armas ou treinamento” para esses grupos.

A agência Reuters afirma que a retirada de um país da lista do Departamento de Estado só pode ser feita se o presidente apresentar ao Congresso um relatório afirmando que o país em questão não tem apoiado atividades terroristas nos últimos seis meses, e garantir que ele não o fará no futuro, caso em que o Estado sairia automaticamente da relação em um prazo de 45 dias.