O jornalismo chapa-branca da ESPN soviética

17/06/2014 01:40 Atualizado: 17/06/2014 01:46

RIO DE JANEIRO – É Dilma, o povo não se esqueceu de vossa senhoria… E o mais patético foi a tentativa dos seus jornalistas chapa branca servirem de escudo. A Copa é maravilhosa… Só durante esse evento, temos um mês de homenagens à sua pessoa e ao seu governo tirano e corruPTo. E, de quebra, finalmente, vemos a máscara da ESPN ‘Soviética’ Brasil cair. Obrigado por organizar a Copa das Copas!

Gostaria de falar sobre o primeiro dia de Copa do Mundo e a sonora vaia, em uníssono, à presidente Dilma Rousseff. Primeiramente quero deixar bem claro que eu não me refiro a ela como presidenta. ‘Presidenta’ é o maior assassinato linguístico que algum ser humano pode cometer. Veja bem, só um parênteses, esse governo é tão fora do comum, para dizer o mínimo, que eles conseguem assassinar até a língua (para bom entendedor, meia palavra basta).

Na abertura da Copa, a senhora Dilma foi extremamente vaiada e xingada (no caso, “vai tomar no c…”), o que vem se repetindo em outros jogos. E me causou muito espanto, na verdade, justamente o espanto que as pessoas nas redes sociais tiveram ao notar a cobertura de alguns jornalistas esportivos. Esses profissionais, principalmente da ESPN Brasil, entraram num “mimimi” de que a vaia em si é um protesto – e de fato é, legítimo – mas de que o xingamento teria desrespeitado a “Dilma mulher”.

Mas ora bolas, não é essa mesma presidente, a senhora Dilma Rousseff, que apoia a Marcha das Vadias? Ano passado, essa mesma Marcha das Vadias, que durante a Jornada Mundial da Juventude, na ocasião da vinda do papa ao Rio de Janeiro, destruiu crucifixos, e enfiou a Nossa Senhora na vagina. Circulou na internet essa foto da senhora Dilma segurando a camisa da Marcha das Vadias com suas líderes. Líderes essas que estavam lá na festa da UFF em Rio das Ostras costurando a sua vagina em um ritual satânico (“disfarçado” de “arte”).

Vocês acham que essa presidente vai se ofender com um mero “vai tomar no c…”? Essa mesma presidente que participou de grupos terroristas durante a década de 70? Que planejava assaltos a caminhões de carga na Baixada Fluminense? Que participou e que planejou muitos crimes contra a vida? Essa senhora está ofendidinha? Está chateadinha com “vai tomar do c…”?

Me causa muito espanto com a cara de pau mesmo de jornalistas da ESPN Brasil – que, convenhamos, de ‘Brasil’ não tem nada – ficarem nesse “mimimi” em relação à atitude da torcida. Eu fiquei vendo o seu diretor de jornalismo, senhor José Trajano, falando que representou um desrespeito à ‘mulher’. Ah sim, segundo ele numa democracia de verdade não aconteceria isso. Mas é esse mesmo senhor que defende Cuba e se refere a Fidel Castro como “meu comandante”.

Senhor Juca Kfouri, que é uma pessoa extremamente educada e culta, veio falar que as vaias vieram da “classe média alta e branca”. Entendem? Só estão insatisfeitos com o PT os “brancos”, a “classe média alta”… Vem cá, esse reducionismo não é racismo? E ele vem nos acusar que os racistas somos “nozes”?

Senhor Lúcio de Castro, o “grandíssimo jornalista investigativo da ESPN”, esse mesmo cara que produziu ‘Memórias de Chumbo’ e programas esportivos especiais em Cuba. Porque para ele, exemplo de democracia é Cuba. Claro, um regime maravilhoso, onde todo ano milhares de cubanos se arriscam no mar para chegar aos Estados Unidos. Sabe como é, aquele país cruel que representa Satã na Terra. Mal eles se lembram que a ESPN é da Disney, e a Disney é ianque, ianque, Estados Unidos, dólar… Eles conseguem cuspir no próprio prato em que comem.

Aliás, convém lembrar que a ESPN Brasil é hoje uma das emissores que mais recebem verba estatal no país. A toda hora é propaganda da Petrobras, da Eletrobras, da Caixa Econômica Federal. Diga-se de passagem: o apresentador deles em Fortaleza, Dudu Monsanto, ancora diariamente com um logo gigantesco da Caixa na mesa. Claro, negócios e dinheiro, enfim…

Mas eu fico impressionado é com o nível desse jornalismo chapa-branca que, mais do que isso, é uma desonestidade intelectual fortíssima. Ultrapassa qualquer limite crível. É algo assustador. Por quê? Vai lá um moleque e coloca no canal 70 para assistir a um evento esportivo, seja futebol ou qualquer outro esporte. E através de uma mera transmissão esportiva, ele é bombardeado com uma lavagem cerebral completamente marxista.

Isso é nada menos que esse marxismo cultural, influências do “grandíssimo filósofo” Antonio Gramsci. Está na hora de as pessoas começarem a pensar e questionar quem são esses profissionais “formadores de opinião”.

Eu, se estivesse no estádio, evidentemente não teria xingado a Dilma. Teria vaiado, e a cada gol do Brasil gritei “Fora Dilma” aqui. E eu não xingaria a Dilma por um motivo: a minha educação é de casa. Casa essa, a família, que, diga-se de passagem, lei a pós lei, o PT tenta bombardear.

Vamos pensar: o Brasil é um dos países reconhecidamente com uma das piores educação do mundo. O governo consegue investir a fundo perdido numa educação que é lixo mundial. O problema da educação no Brasil não é falta de investimento, é um projeto educacional sério, comprometido com o conhecimento, e não com a luta de classes. A educação hoje no Brasil prepara exércitos para se odiarem mutuamente, seja o branco, o negro, o índio, o rico, o pobre, e assim por diante. Está na hora de começar a questionar essa educação, porque é cara de pau e cinismo do governo declarar que não esperava essa reação do público. Esperava sim, porque é essa educação que o governo está dando. É essa educação que está formando gente semi-analfabeta, gente burra e sem modos. E é por isso que essa gente tem que ir embora do poder o quanto antes.

Ah, e por favor, não comecem a escrever que o Ugo é do PSDB, o Ugo é do ‘P não sei o quê’. Olha, faça-me o favor, eu sou católico, sou de direita e sou conservador. Nenhum partido aqui me representa e muito menos PSDB, não me ofendam. O meu compromisso é com o projeto pedagógico, é com a formação dos alunos, e nisso, meus camaradas, eu posso falar: a gente está ferrado.

Ugo Medeiros é professor de Geografia e crítico musical

O conteúdo deste artigo não representa necessariamente a posição do Epoch Times