Wen de Han, um imperador ético e cortês

20/12/2012 22:10 Atualizado: 01/06/2013 14:34
Wen de Han, um imperador ético e cortês (Catherine Chang/The Epoch Times)

O Império Qin existiu apenas cerca de quinze anos antes da Dinastia Qin ser substituída pela Dinastia Han, que por sua vez durou mais de quatrocentos de anos (202 a.C.–220 d.C.). A principal lição que os imperadores da Dinastia Han aprenderam com a Dinastia Qin foi que a força poderia ser usada para conquistar outros Estados, mas não para governá-los. O governo ético era a única maneira de manter uma dinastia duradoura.

A Dinastia Han foi o período quando os sistemas políticos, legais, institucionais e filosóficos chineses foram fundados. Esta dinastia inclui dois períodos: o Han Ocidental e o Han Oriental. Durante a dinastia ocidental, houve um longo período de prosperidade e os chineses foram reconhecidos como o povo han. Desde então, os termos “povo han, caracteres han e costumes ou vestimentas han” têm sido utilizados até hoje.

O Imperador Wen (202-157 a.C.) foi o quinto imperador da Dinastia Han. Ele governou o país por 23 anos. Durante este período, o povo teve uma vida pacífica e tranquila. Isso foi um ponto de virada na Dinastia Han, que transformou uma nação devastada pela guerra numa economia em expansão.

A benevolência do Imperador Wen se manifestava de muitas maneiras. Aqui estão algumas delas.

Ele aboliu o castigo corporal e a culpa por associação ou de grupo. O Imperador Wen acreditava que as leis foram criadas para governar o país, prevenir crimes e orientar as pessoas para os bons comportamentos. Se o autor de um crime é punido de acordo com a lei, outros que são inocentes não devem ser implicados. Além disso, desde que as leis e regulamentos são justos, o povo seria imparcial; a aplicação correta das normas faria as pessoas acreditarem nelas.

O Imperador Wen ordenou que famílias nobres que viviam na capital retornassem para suas próprias terras feudais para que seus camponeses-inquilinos não tivessem de transportar suprimentos por uma longa distância. Assim, a nobreza também seria capaz de gerir suas regiões e populações com eficiência.

O estilo de vida do Imperador Wen era muito simples. Depois de reinar por 23 anos desde que se mudou para a capital, ele não acrescentou qualquer luxo ao local. As roupas que ele geralmente usava eram de qualidade normal e não requintadas. Isto deu um exemplo à nação. Ele ordenou que seu túmulo não tivesse qualquer metal decorativo como ouro ou prata. Em seu lugar, somente cerâmica seria usada. Sua ordem também dizia que a tumba deveria ter um tamanho moderado para não sobrecarregar o povo.

Ele aboliu o crime de difamação à corte real e por críticas a assuntos políticos. Ele pensava que aceitar sugestões poderia abrir caminhos no governo do país e poderia impedir o voluntarismo.

Quando tratando de questões de defesa de fronteira, o Imperador Wen decidia entre guerrear e negociar diplomaticamente de acordo com o bem-estar do povo. Embora os hunos do Norte tenham violado repetidamente acordos bilaterais e invadido a China, o Imperador Wen apenas ordenava que as tropas fortalecessem a defesa e não declarassem guerra aos hunos, pois ele não queria trazer preocupações e dificuldades para seu povo.

Em 159 a.C., secas ocorreram em todo o país, seguidas por pragas de gafanhotos. O Imperador Wen tomou uma série de medidas para ajudar o povo: ele isentou os lordes de pagarem tributos, levantou a proibição de se desenvolver montanhas e lagos, reduziu os gastos com itens de luxo no palácio, cortou o número de funcionários e abriu os celeiros para os pobres.

Além de ser um governante benevolente, o Imperador Wen também mostrou grande amor filial e obediência. Sua mãe esteve doente de cama por três anos e ele frequentemente ficava acordado a noite para cuidar dela. Toda vez que sua mãe ia se medicar, ele insistia em tentar o medicamento em si primeiro, para garantir que era seguro.

Durante seu reinado, a ética e a cortesia foram altamente valorizados, assim, a estabilidade social foi mantida e o povo viveu pacificamente e a economia se recuperou de décadas de guerra e prosperou. A Dinastia Han Ocidental foi uma das raras “sociedades harmoniosas” da história chinesa.

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