O universo é cheio de mistérios que desafiam o nosso conhecimento atual. Em “Além da Ciência”, o Epoch Times coleciona histórias sobre esses fenômenos estranhos para estimular a imaginação e abrir possibilidades que eram inimagináveis anteriormente. São verdadeiras? Você decide.
Alguns estudiosos dizem que a Grande Esfinge do Egito é milhares de anos mais antiga do que se acredita. Esse é uma questão controversa e que tem dividido a comunidade de arqueólogos durante décadas.
No início da década de 1990, o geólogo Dr. Robert M. Schoch, da Universidade de Boston, foi o primeiro a plantar a raiz dessa controvérsia ao dizer que a Esfinge foi construída entre os anos 5.000 a 7.000 a.C, portanto, bem antes do período dos faraós do Egito.
“Em 1990, eu viajei ao Egito com o único propósito de examinar a Grande Esfinge de uma perspectiva geológica. Eu partia do pressuposto de que os egiptólogos estavam corretos quanto à data da Esfinge. Mas, logo, eu descobri evidências geológicas não compatíveis com o que os egiptólogos diziam”.
Os egiptólogos e os historiadores comumente acreditam que a esfinge foi construída durante o reinado do faraó Khaf-re, também conhecido como faraó Quéfren, o que implica dizer que foi construída por volta de 2.500 B.C. Quéfren construiu a segunda maior das pirâmides de Gizé, a Pirâmide de Quéfren.
No entanto, evidências geológicas apontam para tempos ainda mais remotos. A esfinge foi basicamente esculpida a partir de uma formação rochosa existente no local e é formada pela estrutura do corpo da Esfinge bem como das paredes basilares de revestimento que a rodeiam.
“Eu descobri fortes características de erosão que me fizeram concluir que só podem ter sido causadas pelas chuvas e pelo escoamento da água”, continuou Schoch. “A questão é: a Esfinge está nos limites do deserto do Saará e numa região que tem sido extremamente árida (sem chuvas) nos últimos 5.000 anos”.
Schoch teve a sorte de ter várias estruturas próximas acuradamente datadas como do período do Antigo Império da história do Egito para que ele pudesse compará-las com a Esfinge. Essas estruturas tinham exemplos claros erosão pelos ventos e pela areia, a qual difere notavelmente da erosão hídrica.
Por isso, Schoch concluiu que a Esfinge deve datar de um período muito mais antigo. A Esfinge, disse ele, possivelmente, foi construída no período 5.000-9.000 a.C., quando na região ainda chovia muito mais.
Além disso, por meio de uma investigação mais detalhada, Schoch acredita que o faraó Quéfren remodelou a Esfinge e a incorporou a a seu complexo funerário e, nessa época, a Esfinge já tinha milhares de anos. A Esfinge possivelmente tenha sofrido mais alterações ao longo de outras dinástica do Egito Antigo.
“É evidente para mim que a atual cabeça não é a cabeça original. A cabeça original estava severamente desgastada e corroída. E foi, posteriormente, esculpida novamente durante os tempos dinásticos, e, nesse processo de reesculpimento, a cabeça ficou menor”, disse Schoch. Ele também sugeriu que, em sua forma original, a Esfinge pode não ter sido a Esfinge com conhecemos hoje – corpo de leão e cabeça humana –, mas sim um leão.
Naturalmente, essa descoberta chocou muitos cientistas, historiadores e egiptólogos que ainda alegam que não há evidências de uma civilização tão antiga no Egito, que poderia ter construído a Esfinge há tanto tempo atrás como afirma Schoch. No entanto, desde 1990, foram descobertos vários sítios arqueológicos de civilizações que antecederam a civilização egípcia. Um desses locais é Gobekli Tepe, na Turquia, que data de cerca de 9000 a.C.