Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais chinesas uma série de imagens que mostram a evolução da política do governo chinês em relação à aposentadoria. Devido à política de controle da natalidade adotada na década de 1980, a população chinesa tem visto um nítido envelhecimento, com menos pessoas ativas economicamente e crescente número de idosos. Porém, como demonstram as imagens, o governo chinês adapta convenientemente suas políticas e consequentemente seus lemas, deixando centenas de milhões de idosos sem cuidados.
Há três décadas, o governo tem forçado na população a ideia de que a política do filho-único é benéfica à nação. Porém, o último censo (2010) indicou que a China possuía 218 milhões de filhos únicos, o que significa 436 milhões de pais que dependem do filho único para a sobrevivência após a aposentadoria, visto que o dinheiro dado pelo governo é irrisório, além de estar diminuindo ano após ano, sob o argumento de “controlar os gastos”, enquanto os políticos chineses gastam desenfreadamente com futilidades.
Além disso, estatísticas demonstram que mais de 10 milhões de filhos únicos nascidos entre 1975 e 2010 morreram antes de completar 25 anos, o que significa 20 milhões de pais sem descendentes ou qualquer garantia financeira e que pouco podem fazer além de vislumbrar um destino atroz. Isso fica evidente no crescimento índice de suicídio nos últimos dez anos entre idosos com mais de 65 anos.
No ano passado, um dos diretores de um instituto demográfico chinês chegou a declarar que os idosos chineses se tornaram “ranzinzas e indolentes” e que precisavam “atualizar seu raciocínio e aceitar novos desafios”, além de sugerir que a idade de aposentadoria e o período de contribuição fiscal se estenderiam, o que tem gerado severas críticas e manifestações. Segundo cálculos baseados no ano de 2011, o rombo previdenciário na China equivale a 2 trilhões e 215 bilhões de yuanes (US$ 361 bilhões).
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