Novo teste com carbono-14 promete combater caça ilegal de animais

10/07/2013 01:17 Atualizado: 06/08/2013 16:59
Idade exata do marfim verifica se o comércio das presas é legal ou não e DNA determina a procedência
Novo teste de radiação por carbono-14 da Universidade de Utah detecta o ano que o animal morreu, o que permite combate caça furtiva de animais. Foto de arquivo de um elefante Africano Samburu, em uma reserva no Quênia (Thure Cerling, da Universidade de Utah)
Foto de arquivo de um elefante Africano Samburu, em uma reserva no Quênia (Thure Cerling, da Universidade de Utah)

Um novo teste de carbono-14 radioativo pode detectar idade das presas de elefantes, rinocerontes e hipopótamos e saber o ano em que o animal morreu, a fim de determinar se a venda destes produtos vem de caça ilegal ou não, de acordo com a Universidade Utah.

O método desenvolvido por pesquisadores da Utah visa combater caçadores furtivos, de acordo com o geoquímico Kevin Uno e “tem aplicações imediatas”, diz o informe de Utah.

A caça ilegal levou numerosas espécies destes animais à extinção. “A venda e ao comércio ilegal de marfim foi o maior saque visto em décadas”, acrescentou Uno, que também é pesquisador do Observatório da Terra Lamont-Doherty, da Universidade de Columbia.

Comerciantes que vendem toneladas de marfim hoje afirmam que os produtos foram obtidos antes da proibição da caça dos elefantes asiáticos em 1975 e dos elefantes africanos em 1989.

“Você pode ver se o comércio é legal ou não pela idade exata do marfim”, disse Uno no informe. Este estudo é combinado com a análise de DNA e, assim, determina por exemplo, se um elefante está na África ou na Ásia

“Atualmente, 30 mil elefantes são mortos por ano para [retirada de] suas presas, de modo que há uma necessidade desesperada de fazer valer a proibição do comércio internacional e redução da demanda”, disse o especialista.

A análise geoquímica serve principalmente às agências governamentais e de justiça, e custa cerca de US $ 500 por amostra, ou seja, cerca de R$ 1.125.

O estudo cita que “70% do marfim contrabandeado vai para a China”, de acordo com relatórios de organizações ambientais. Neste mercado ilegal, os Estados Unidos estão em segundo lugar. Os altos preços do marfim atraem o crime organizado e as milícias em Darfur, Uganda, Sudão e Somália. Eles “matam elefantes e presas vendidas para comprar armas” incluem os relatórios citados.

O método de carbono-14 mede a variação dos níveis de carbono absorvido a partir da atmosfera em plantas e animais, utilizando como referência a ‘curva da bomba semelhante a um V invertido.

“Embora os níveis [de carbono] caíram, eles ainda são mensuráveis ​​nos tecidos de animais e vegetais”, diz Thure Cerling, autor principal de um estudo sobre o novo método.

“O método do estudo é mais ou menos como dizer a idade de uma árvore por seus anéis”, disse o especialista. Os pesquisadores mediram os níveis de carbono-14 em vários pontos ao longo do comprimento das presas e dentes de elefantes e hipopótamos.

A maneira convencional de medição pelo carbono-14 é quando o isótopo decai radioativamente. Mas aqui é usada um acelerador de espectrometria de massa (AMS)”, que exige mil vezes menos material para análise, uma grande vantagem quando a amostra de marfim é muito pequena ou em fóssil”, diz Dr. Cerling.

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