Pesquisadores japoneses desenvolveram um método para reprogramar células do coração que ajudará na recuperação de pacientes que sofrem de ataque cardíaco e também na redução de sequelas físicas, de acordo com artigo publicado no jornal Nikkei de 16/06/2014.
O sistema consiste em modificar os genes dos fibroblastos – um tipo de célula que desempenha fundamental papel na cicatrização e produção de colágeno – de modo a convertê-los em cardiomiócitos, que são células do miocárdio, que é o músculo cardíaco responsável pelos batimentos cardíacos.
Em experiências realizadas em laboratório, os pesquisadores conseguiram reprogramar os fibroblastos do coração de cobaias de modo a reprogramá-los para que se convertessem em cardiomiócitos. Para isso, adicionaram cinco tipos de genes e um de ácido ribonucléico. A conversão levou um mês para ocorrer.
Se provar ser eficaz também em humanos, esse método poderá oferecer uma alternativa mais rápida do que outros métodos baseados no desenvolvimento de cardiomiócitos a partir de IPS, isto é, de células-tronco pluripotentes induzidas.
Além disso, o método desenvolvido pelos pesquisadores japoneses mostra-se menos invasivo e agressivo para o paciente, pois consiste na injeção de um “coquitel” de genes diretamente no coração para assim induzir uma reprogramação das células, enquanto os métodos baseados em IPS requerem cirurgia.
A pesquisa, coordenada pelo professor da Universidade de Keio Ieda Masaki, será publicado na Revista Europeia EMBO Journal, de acordo com o jornal japonês acima mencionado.