Novo mapa da Antártida de alta precisão publicado

05/06/2013 Epoch TV
“Uma paisagem completa de montanhas, colinas, planícies onduladas, vales e depressões profundas”

A NASA revelou recentemente o novo mapa Bedmap2, que fornece uma ideia mais clara e precisa da superfície do continente antártico e que foi desenvolvido por cientistas da British Antartic Survey (BAS).

“Isso dá uma compreensão mais detalhada do que está por baixo da maior camada de gelo do mundo”, diz a NASA. A agência espacial norte-americana explicou que o sistema de imagens desenvolvido pelos cientistas, chamado Bedmap2, “avança nossa compreensão do ambiente subglacial e será de grande ajuda para futuras pesquisas sobre a camada de gelo da Antártida”.

Uma imagem do Bepmap2 da Antártida, onde se diferenciam as elevações do terreno com cores distintas (BAS/British Antartic Survey)

O amplo uso de dados de GPS em pesquisas recentes e décadas de diferentes estudos sobre o continente gelado melhoraram em muito a precisão do novo conjunto de dados. “O volume total de gelo e as contribuições do nível do mar são semelhantes aos cálculos feitos com o Bedmap original, mas a profundidade média da Antártida e as estimativas da espessura e profundidade do gelo foram aperfeiçoadas”, disse Peter Fretwell, cientista e autor de um estudo sobre o mapa, citado pela NASA. “Será um recurso importante para a próxima geração de modeladores da camada de gelo, oceanógrafos físicos e geólogos estruturais”, disse Agnès López Gay, um dos cientistas.

Com os primeiros dados do mapa, em 8 de março, os cientistas revelaram que o volume de gelo na Antártida é 4,6% maior do que se pensava antes. A profundidade média do leito da Antártida foi calculada em 95 metros, o que é 60 metros menos do que o estimado anteriormente. Verificou-se também que o volume de gelo submerso abaixo do nível do mar é 23% maior do que o estimado e que o ponto mais profundo, que está sob a geleira Byrd, tem cerca de 400 metros de profundidade.

A Antártida mapeada pelo Bedmap2, sem gelo para mostrar a superfície original (Centro Espacial Goddard da NASA)

De acordo com a BAS, por meio do Bedmap2 calcula-se que haja mais gelo suscetível ao derretimento rápido e que o derretimento da Antártida significaria um aumento global de 58 metros no nível do mar. Peter Fretwell observou que o mapa “tem detalhamento sem precedentes”, além de mostrar “uma paisagem completa de montanhas, colinas, planícies onduladas, vales e depressões profundas”.

Para desenvolver o mapa, os pesquisadores recompilaram medições geofísicas, como cálculos de elevação da superfície do gelo com dados da NASA, níveis de elevação da Terra com o satélite ICESat e dados da espessura do gelo com a Operação IceBridge.

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