Amamentação pode aumentar o QI em cerca de 4 pontos e mães que não amamentam estão criando um “ciclo vicioso … onde a falta de amamentação pode gerar um QI mais baixo, o que acarreta um pior status socioeconômico e, assim, diminui a probabilidade de que a próxima geração amamente, e assim por diante”, de acordo com Dimitri Christakis, do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle, que é autor de um novo estudo sobre os benefícios do QI ligados à amamentação.
O impacto das mães não estarem amamentando, dada a conexão entre o QI, o desempenho escolar e a delinquência, tem “reais implicações tanto para os indivíduos envolvidos quanto para a sociedade como um todo”, escreveu Christakis em um artigo publicado com o estudo. “É claro, o inverso também pode ser verdadeiro: ao longo de sucessivas gerações, já se esperava que a amamentação aumentasse o QI, o que poderia aumentar o status socioeconômico e por sua vez aumentar a probabilidade de amamentação, criando um ciclo virtuoso e facilitando a diminuição da pobreza”.
Christakis diz, basicamente, que a maioria das pessoas e organizações já estão convencidas que a amamentação é uma causa importante, mas seu estudo adiciona um incentivo para as mães e para a sociedade a incitar a amamentação por causa da conexão com os benefícios ao QI.
Entre outras recomendações, ele diz que as bombas de tirar leite devem ser cobertas pelas seguradoras e que suas empregadoras deveriam proporcionar espaços para as mães usá-las. Christakis também afirma que a amamentação em público não deveria ser estigmatizada.
“Como acontece com o chumbo (que gerou uma campanha para reduzir a exposição ao chumbo na infância), algumas dessas ações podem exigir medidas legislativas, seja em nível federal ou estadual”, escreveu ele. “Vamos permitir que as funções cognitivas de nossas crianças sejam a força que inclina a escala, e vamos para frente”.
A necessidade mais urgente é que as mães amamentem, também, após os seis meses, disse ele. Segundo Christakis, nos EUA, 70% das mulheres em geral e 50% das mulheres negras amamentam nos primeiros seis meses, passado esse período, a porcentagem cai para 35% e 20%, respectivamente.