Novo documento sobre transplante de órgãos publicado pelo Ministério da Saúde da China

12/10/2012 19:07 Atualizado: 31/10/2012 19:10
Médicos realizam uma cirurgia na China em 2007. (China Photos/Getty Images)

À medida que aumenta a pressão internacional, uma nova diretiva sobre o transplante de órgão foi publicada pelo regime chinês, indicando a crescente inquietação no Partido Comunista Chinês (PCC) sobre a atenção que está sendo dada ao abuso de transplante de órgãos sancionado pelo Estado e, possivelmente, o desejo do regime de evitar ser responsabilizado criminalmente.

O novo programa a ser experimentado é intitulado ‘Administração para a Aquisição e Distribuição de Órgãos’ e será gerido no âmbito do Ministério da Saúde. Isso significa que quando um hospital, que pode realizar transplante, receber um órgão, o sistema nacional de alocação e partilha tomará a decisão final sobre quem receberá o órgão, certificando-se de que os pacientes com necessidade mais urgente sejam tratados primeiro. A notícia foi amplamente divulgada pela mídia continental chinesa em 10 de outubro.

O documento surge em meio a crescentes preocupações da comunidade internacional sobre a colheita de órgãos de pessoas vivas na China, em que o complexo médico-militar é conhecido por visar prisioneiros da consciência para execução e extração de órgãos. Comentários em microblogues da China mostram que os chineses também estão se tornando conscientes dos abusos.

“Isso de fato reconhece o crescente transplante de órgãos na China”, comentou Wen Zhao, um analista político da NTDTV, uma emissora independente principal em língua chinesa. “A exposição da colheita de órgãos colocou grande pressão sobre o Partido Comunista”, disse ele.

Ao discutir e compartilhar as notícias, internautas chineses viram como pano de fundo as recentes revelações e eventos públicos que despertaram preocupações sobre colheita de órgãos em massa de prisioneiros da consciência.

“Em 12 de setembro, ocorreu uma audiência do Congresso no Capitólio dos EUA sobre a extração de órgãos na China”, disse uma postagem do Weibo, que foi amplamente reencaminhada. “Em 19 de setembro, o documentário ‘Free China’ foi exibido no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, pedindo aos Estados para expressarem suas preocupações sobre a colheita de órgãos na China. Em 4 de outubro, 106 congressistas estadunidenses assinaram uma carta pedindo à secretária de Estado que liberasse qualquer informação relativa ao abuso de transplante na China.”

A postagem continuava, “Exatamente neste momento, o programa de ‘Administração para a Aquisição e Distribuição de Órgãos’ na China foi introduzido. Isso só pode ser pura coincidência”, comentou o internauta sarcasticamente.

“Parabéns pela criação do maior sistema mundial de comércio legal de órgãos”, comentou outro internauta.

“Diz-se que a taxa de sucesso de transplante de órgãos na China é a maior do mundo. No entanto, o Ministério da Saúde nunca se preocupou em mostrar esses dados. É totalmente aposto a seu comportamento habitual. Por quê?”, perguntou um usuário de Pequim.

A resposta veio rapidamente de outro usuário, “Por causa da verdade sangrenta escondida.”

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.