Durante a 66ª Assembleia Mundial de Saúde, mostrou-se preocupação pelo vírus que já confirmou 44 casos em oito países e 22 mortes
Um novo coronavírus está se espalhando pelo Oriente Médio e se tornando uma ameaça global, disse ontem Margaret Chan, diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), na 66ª Assembleia Mundial de Saúde realizada entre 20 e 28 de maio em Genebra, na Suíça.
“O novo coronavírus não é um problema que qualquer país afetado possa guardar para si ou manejar por si mesmo. O novo coronavírus é uma ameaça para todo o mundo”, disse Chan, ressaltando que “esse vírus é algo que pode nos matar”.
O vírus é o mesmo germe patógeno da SARS (síndrome respiratória aguda grave), que há dez anos matou cerca de 800 pessoas.
“Não sabemos onde o vírus se esconde na natureza nem como as pessoas se infectam. Até que possamos responder a essas questões, estamos de mãos vazias quando se trata de prevenção”, diz Chan, segundo uma transcrição do seu discurso na OMS. “Estes são sinais de alerta e isso exige resposta”, afirmou ela.
A história do vírus começou em 28 de setembro de 2012 quando a OMS foi informada de dois casos: um paciente morreu em junho na Arábia Saudita e outro no Catar, que havia viajado à Arábia Saudita e que foi evacuado para o Reino Unido onde foi hospitalizado.
Com sintomas de problemas respiratórios agudos, febre alta, tosse e dispneia, o novo coronavírus reivindicou 22 vidas até agora, num total de 44 casos confirmados mundialmente.
Oito países estão envolvidos atualmente nessa infecção que afeta principalmente os homens. Na Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU), casos foram confirmados por seus laboratórios. A estes se acrescentam França, Alemanha, Tunísia e Reino Unido, com casos relacionados, seja porque pacientes foram transferidos ou porque voltaram de viagem do Oriente Médio apresentando sintomas.
“Na França, Tunísia e Reino Unido, houve transmissão local limitada entre pessoas próximas que não estiveram no Oriente Médio, mas que estiveram em contato próximo com casos prováveis ou confirmados por laboratório”, assinalou o relatório de saúde.
“Por meio da OMS e do Regulamento Sanitário Internacional, devemos unir-nos mundialmente para lidar de forma adequada com essa ameaça”, acrescentou Chan em seu discurso.
“Precisamos de mais informações e precisamos disso rápido, com urgência. Como já foi anunciado, missões conjuntas à OMS, do Reino, Arábia Saudita e Tunísia, prosseguirão logo que possível. O objetivo é reunir todos os dados necessários para realizar uma avaliação adequada dos riscos”, conclui Chan, agradecendo a colaboração.
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