A nova partícula tem sido observada por cientistas da Universidade britânica de Birmingham e da Universidade de Lancaster, que fez a descoberta após analisar dados do experimento ATLAS no Grande Colisor de Hadrons (GCH) da CERN.
O experimento ATLAS consiste em partículas físicas que esmagam prótons com energias extremamente altas, de acordo com o site ATLAS. O GCH é o maior acelerador de partículas do mundo, construído pela Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN, em inglês), na fronteira da França com a Suíça.
“Analisar bilhões de colisões de partículas no GCH é fascinante. Há potencialmente todos os tipos de coisas interessantes enterrada nos dados, e nós tivemos sorte de olhar para o lugar certo na hora certa”, disse o doutor da Universidade de Birmingham, o estudante Andy Chisholm, em um comunicado à imprensa.
A partícula – o Chi-b (3P) – é uma partícula bóson [1], como a famosa partícula de Higgs, mas composta de dois objetos muito pesados unidos por uma força poderosa, disseram os pesquisadores. Pensa-se que o Higgs existe como um único objeto.
O Chi-b (3P) havia sido previsto anteriormente, mas até agora permaneceu sem ser observado. A Chi-b (3P) é uma nova maneira de ligar ‘um belo quark ao seu antiquark’ – coletivamente conhecidos como quarkonium, disseram os cientistas em seu artigo.
O belo quark é um quark com um terço da carga transportada por um elétron. Seu antiquark associado é uma partícula com a mesma massa, mas carga elétrica oposta. Ou seja, o antiquark do belo quark carrega um terço da carga de um próton.
No estado (3P), o belo quark e seu antiquark estão praticamente separados um do outro, disse que a equipe ATLAS. “Uma surpresa é que a Chi-b (3P) é ligeiramente mais pesado que o previsto, significando que o quark par do antiquark está um pouco mais frouxamente ligado do que o esperado”, afirma um comunicado ATLAS à imprensa.
“Enquanto as pessoas estão justamente interessadas no bóson de Higgs, que acreditamos que de forneça à partícula sua massa e pode ter começado a se revelar; grande parte da massa de objetos do cotidiano vem da forte interação que estamos investigando usando o Chi-b”, explicou o professor Roger Jones, chefe do grupo ATLAS de Lancaster, no comunicado da Universidade de Birmingham.
A equipe apresentou os resultados para a revista ‘Physical Review Letters’ e os publicou no repositório online arXiv.
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