Nova companhia de mineração de asteroide planeja lançar nave espacial até 2015

24/01/2013 18:07 Atualizado: 24/01/2013 18:07
Interpretação artística do asteroide Cleópatra, um tipo de asteroide que uma futura missão poderia abordar para mais estudos sobre o sistema solar (NASA/JPL-Caltech)

Uma companhia da Virgínia, EUA, anunciou na terça-feira que planeja minerar asteroides próximos da Terra em busca de metais preciosos, água e outros materiais, tornando-a a segunda empresa a fazer tal anúncio nos últimos meses.

A empresa Deep Space Industries (DSI) afirmou que lançará sua frota de naves espaciais Firefly em 2015 para avaliar asteroides nas proximidades. A empresa começará a mineração de asteroides antes de 2025, segundo seu comunicado de imprensa.

“Esta é a primeira campanha comercial para explorar pequenos asteroides que passam perto da Terra”, disse Rick Tumlinson, o presidente da DSI, no comunicado. “Usando tecnologias de baixo custo, combinadas com o legado de nosso programa espacial e a inovação de jovens gênios da alta tecnologia na atualidade, faremos coisas que seriam impossíveis alguns anos atrás.”

Em abril passado, outra empresa de mineração de asteroides, a Planetary Resources, revelou que, de modo semelhante, prospectaria e mais tarde mineraria asteroides próximos da Terra. A Planetary Resources visa explorar as reservas minerais de platina dos asteroides.

As naves Fireflies pesam cerca de 25 kg cada e passarão de dois a seis meses no espaço, segundo a DSI. Em 2016, a empresa enviará uma nave maior de 70 kg, a Dragonfly, para trazer amostras de asteroides, retornando com 27 a 68 kg de materiais.

“Meu smartphone tem mais poder de computação do que eles tinham nas missões lunares Apollo”, disse Tumlinson. “Podemos fazer máquinas incríveis, menores, mais baratas e mais rápidas do que nunca. Imagine uma linha de produção de Fireflies, engatilhada e pronta para voar e examinar qualquer objeto que se aproxime da Terra.”

Potencialmente, asteroides têm recursos extremamente valiosos, incluindo platina, silicone, níquel e água que podem ser fracionados em hidrogênio e oxigênio para produzir combustível de foguetes, ou seja, os asteroides poderiam ser usados como áreas de reabastecimento.

“Mais de 900 novos asteroides que passam perto da Terra são descobertos a cada ano”, disse David Gump, o CEO da DSI, no comunicado. “Eles podem ser o que a Faixa de Ferro de Minnesota foi para a indústria automobilística de Detroit no século passado – um recurso fundamental localizado perto de onde era necessário. Neste caso, metais e combustíveis de asteroides podem expandir as indústrias espaciais deste século. Essa é nossa estratégia.”

Quando a Planetary Resources anunciou que minaria asteroides, ela afirmou que um asteroide de 500 metros rico em platina poderia conter mais desse elemento do que toda a platina extraída na história humana.

Em seu comunicado de imprensa, a DSI afirmou que os oficiais da NASA foram informados de seus planos, acrescentando que as expedições tripuladas a Marte poderiam ser menos caras e mais eficientes se usassem “propulsores derivados de asteroide”.

“As missões exigiriam menos lançamentos se o combustível para atingir Marte fosse adicionado no espaço a partir de produtos voláteis de asteroides”, afirmou o comunicado.

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