Noruega nega apelo do Greenpeace contra prospecção de petróleo no Ártico

02/06/2014 07:00 Atualizado: 01/06/2014 20:58

A Noruega deu à petroleira Statoil o sinal verde para começar a perfurar o poço de petróleo mais ao norte do globo, no Mar de Barents, ao rejeitar um apelo do grupo ambientalista Greenpeace que pedia a proibição da exploração. As petroleiras norueguesas exploram cada vez mais o norte à medida que os campos maduros do sul se esgotam e o gelo do Ártico derrete, abrindo novas áreas anteriormente inacessíveis.

Os Estados Unidos estimam que o Ártico pode conter 13% das jazidas inexploradas de petróleo do mundo e 30% das de gás. Um porta-voz do Ministério do Clima e do Meio Ambiente confirmou na sexta-feira (30) um comunicado da Statoil de que rejeitou um pedido do Greenpeace e que a perfuração poderia ir adiante.

O Greenpeace argumentou que os planos de exploração da Statoil representam uma ameaça à Ilha Bear, um santuário despovoado que abriga espécies raras da vida selvagem, como ursos polares, e que um vazamento de petróleo no Ártico seria quase impossível de limpar por causa das condições climáticas severas. A Statoil rejeitou a afirmação, dizendo haver um risco muito baixo de vazamento de petróleo e um risco extremamente reduzido de que um vazamento chegue à Ilha Bear, a cerca de 170 quilômetros do local de perfuração.

O Greenpeace, que classifica a Statoil como “agressor do Ártico”, disse que irá continuar a bloquear o local de perfuração com seu navio Esperanza, depois que a polícia da Noruega retirou sete manifestantes da plataforma de petróleo Spitsbergen, da empresa de perfuração Transocean, que chegou na quinta-feira (29). “Continuaremos com a nossa ocupação legal do local de perfuração. Não recebemos qualquer pedido das autoridades para sair, portanto consideramos que é legal”, declarou o líder do Greenpeace na Noruega, Truls Gulowsen.

A empresa disse que atrasos no início da perfuração custam à companhia cerca de 1,26 milhão de dólares por dia. O Ministério do Petróleo e Energia norueguês declarou uma zona de segurança nos arredores do local de perfuração para impedir o bloqueio, mas o Greenpeace disse que seus advogados apelaram da decisão.

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