Na última sexta-feira (17) o marechal da Força Aérea e chefe da Defesa da Nigéria, Alex Badeh, anunciou o cessar-fogo com o grupo terrorista Boko Haram.
A trégua poderia resultar na soltura das mais de 200 meninas nigerianas que continuam sequestradas, mas no domingo uma nova onda de ataques diminuiu a esperança das famílias fazendo o governo questionar se de fato elas serão libertadas.
A ideia do governo nigeriano é que com o cessar-fogo os terroristas aceitassem devolver as meninas até esta terça-feira (21), mas o Boko Haram não confirmou a trégua.
“Estávamos festejando. Tinhamos todos os motivos para estarmos felizes… mas desde então o cessar-fogo foi violado em um grande número de lugares”, disse Lawan Abana, pai de uma das meninas desaparecidas.
Desde sexta foram registrados cinco ataques atribuídos aos insurgentes que atuam no nordeste da Nigéria tentando criar um estado islâmico regido pela sharia. O grupo tem atacado o país desde 2009 deixando mais de 12 mil mortos.
Em 14 de abril deste ano os terroristas invadiram uma escola na cidade de Chibok, estado de Borno, levando 276 meninas. Destas, 57 conseguiram escapar, recentemente uma garota foi encontrada após ser deixada na floresta, abalada a jovem não teve a identidade confirmada e seus pais estava sendo procurados pelas autoridades.
As demais meninas continuam presas em um local não identificado pelas autoridades nigerianas. O sequestro movimentou dezenas de países em uma campanha chamada “Bring Back Our Girl” (Devolvam nossas meninas), no começo os terroristas pediam a soltura de seus líderes que foram presos pelo governo por conta dos ataques, mas a Nigéria não aceitou negociar.