O Presidente Nicolás Maduro denunciou hoje (9) que a Venezuela está sendo vítima de um “bloqueio financeiro” por motivos políticos, manifestando preocupação sobre as possíveis consequências que possa vir a ter para a economia venezuelana.
“Temos um bloqueio financeiro contra a Venezuela, para nos impedir de aceder ao financiamento que necessitamos, para compensar parte da descida das receitas oriundas do petróleo”, disse, sublinhando que o preço do petróleo venezuelano estava segunda-feira nos 60,55 dólares norte-americanos por barril.
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Maduro falava no encerramento do I Congresso Nacional do Grande Polo Patriótico (composto por partidos que apoiam a revolução bolivariana), que teve lugar em Caracas, no Quartel da Montanha, onde repousam os restos do falecido líder Hugo Chávez.
“As empresas de notação de risco colocaram a Venezuela no nível mais elevado (…) Temos mais risco que países que estão em guerra” ou que são assolados pelo surto de ebola, frisou.
Segundo Nicolás Maduro, as classificações não obedecem a causas naturais, mas “políticas”, para que a Venezuela não possa aceder ao crédito internacional.
“Se tivermos de pedir alguns milhões de dólares emprestados para manter os investimentos no Metro ou nas novas indústrias, enquanto a uns países cobram 5, 8 e 9% de juros, à Venezuela querem cobrar 35%”, exemplificou.
O Presidente venezuelano denunciou ainda que forças contrárias ao seu governo pretendem “impor um dólar paralelo (negro), que não existe na realidade econômica”.
Por outro lado, Nicolás Maduro denunciou ainda alegados planos para atacar cinco “objetivos” estratégicos na Venezuela: O Conselho Nacional Eleitoral, o Ministério da Defesa, o Ministério do Interior e Justiça, o palácio presidencial de Miraflores e o canal estatal de televisão Telesur.