O Ministério da Defesa do Japão disse que vários navios chineses foram vistos na área perto das águas territoriais japonesas movendo-se em direção as disputadas ilhas Senkaku, antes de se afastarem horas depois. As duas nações têm estado num impasse sobre quem controla as ilhas rochosas no Mar da China Oriental e as tensões continuam elevadas.
O incidente na terça de manhã marcou a primeira vez que navios de guerra chineses entraram na zona contígua entre as ilhas Yonagunijima e Iriomotejima na província japonesa de Okinawa, disse o ministério, segundo o jornal Yomiuri Shimbun. Okinawa e as ilhas Senkaku estão localizadas no Mar da China Oriental.
Mas depois, os navios de guerra pareciam se afastar das ilhas em disputa, que estariam localizadas perto de reservas de gás natural e outros recursos, informou o Asahi Shimbun. A frota da marinha chinesa era composta por dois destroieres, duas fragatas, dois submarinos de apoio e um navio de abastecimento. “Houve uma mudança clara de fase”, disse um representante do Ministério da Defesa do Japão ao Asahi.
No entanto, o gabinete do primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda enfatizou que os navios chineses realmente não passaram entre as duas ilhas. “A última passagem não estava na zona contígua ao redor das Senkaku”, disse um assessor de Noda ao Asahi Shimbun. “A China também está se tornando mais cautelosa.”
Mas o chefe de gabinete Osamu Fujimura admitiu na terça-feira que o Japão está “incerto sobre as intenções da China”. Os navios pertenceriam ao mesmo grupo que viajou em águas próximas da ilha principal de Okinawa em 4 de outubro e provavelmente faziam fazendo exercícios de treinamento, relatou o Japan Daily Press.
O almirante estadunidense Cecil Haney, que comanda a frota do Pacífico, disse a emissora japonesa NHK que os militares chineses devem ser transparentes sobre o que seus sete navios de guerra estavam fazendo em águas perto do Japão.
A disputa diplomática entre China e Japão entrou em erupção há vários meses sobre quem deve possuir as ilhas Senkaku, conhecidas como Diaoyu em chinês. Na China, manifestantes nacionalistas atacaram empresas e negócios japoneses e até mesmo pessoas devido à disputa.
Também parece haver um plano orquestrado do regime chinês para boicotar as empresas japonesas, o que resultou em várias empresas, incluindo a fabricante de automóveis Toyota, decidirem suspender a produção na China em outubro. A gigante automobilística japonesa Nissan também informou que suspenderia sua produção na China a partir 27 de setembro.
No mês passado, Chen Zhifei disse à emissora nova-iorquina NTDTV, “O Japão tem desempenhado um papel muito importante no desenvolvimento econômico da China. Mesmo agora, a economia chinesa ainda depende fortemente de tecnologia importada, equipamentos e produtos provenientes do Japão, então, a China sofrerá consequências devastadoras se cortar laços econômicos com o Japão.”
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