Com pouco menos de 3 quilômetros de diâmetro, ele será objeto de observação de radares
Um asteroide gigante, de pouco menos de 3 quilômetros de diâmetro, se aproximará da Terra a uma distância segura, mas significativa, para que astrofísicos da NASA possam investigá-lo.
Trata-se do asteroide 1998 QE2, que passará a 5,8 milhões de quilômetros do nosso planeta, ou seja, 15 vezes a distância Terra-Lua e apenas 0,04 vezes a distância Terra-Sol. O asteroide, que mede 1,3 x 2,7 km de diâmetro, se desloca com uma velocidade de 10,58 km por segundo.
Em seu estudo, a NASA elaborou um diagrama do trajeto do asteroide e explicou que, embora ele não apresente perigo, “é do interesse para aqueles que se envolvem com a astronomia de radar”.
“O asteroide 1998 QE2 será um alvo nas imagens de radar dos observatórios Goldstone e Arecibo e esperamos obter uma série de imagens de alta resolução que possam revelar uma série de características de sua superfície”, anunciou em 15 de maio o astrônomo especialista em radar Lance Benner, do Laboratório Goldstone do Centro de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia.
“Sempre que um asteroide se aproxima com tal estreiteza, isso oferece uma oportunidade científica importante para estudá-lo em detalhe, para entender seu tamanho, forma, rotação, características da superfície e o que ele pode nos dizer sobre sua origem”, disse Benner num comunicado da NASA.
Benner explica que eles usarão novas medições de radar para melhorar o cálculo da velocidade do asteroide e do traçado de sua órbita. “A aproximação do asteroide ocorre em 31 de maio às 13h59 hora do Pacífico (16h59 Leste e 20h59 UTC)”, diz Benner, segundo a NASA.
Os pesquisadores destacam as várias formas que os asteroides podem assumir: “osso de cachorro, tigela, esferoide, diamante, torta ou batata”, segundo seus registros de possíveis impactos ou desintegrações.
Entre 30 de maio e 9 de junho, astrônomos de radar planejam uma ampla campanha de observações e para isso contam com uma antena de 70 metros de largura em Goldstone na Califórnia e no Observatório de Arecibo em Porto Rico, os dois telescópios trabalham num sistema de imagens complementares.
Dezenas de pessoas estão envolvidas no projeto de pesquisa ‘Objetos Próximos da Terra’ (NEO), por meio da NASA e de outros centros. A NASA explica que o orçamento do NEO aumentou em 2012 de 6 para 20 milhões de dólares. Além disso, há muitas outras pessoas no mundo que investigando a natureza de asteroides e cometas, especialmente aqueles que vêm em direção à Terra.
Em 2016, a NASA lançou uma sonda robótica dirigida a um asteroide potencialmente perigoso. A missão OSIRIS-Rex investigará o asteroide (101.955) Bennu.
“Além de analisar os riscos potenciais, o estudo de asteroides e cometas permite uma valiosa oportunidade de aprender mais sobre as origens do nosso sistema solar, a fonte de água na Terra e inclusive a origem das moléculas orgânicas que levaram ao desenvolvimento da vida”, diz NASA.
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