Uma vitória na base da raça. Assim foi a passagem do Brasil para a grande final da Copa das Confederações. Em partida disputada no Mineirão, na tarde desta quarta (26), a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari conquistou uma suada vitória sobre o Uruguai por 2 a 1, e agora espera a definição de Espanha x Itália, hoje à tarde, para conhecer seu adversário na final, marcada para domingo no Maracanã.
Na partida de ontem, destaque para Paulinho, que foi decisivo. O novo e ótimo reforço do time inglês Tottenham iniciou a jogada do primeiro gol, marcado por Fred, e fez de cabeça o gol da vitória brasileira. Cada vez mais o volante se firma e conquista a confiança dos torcedores. Da parte do Uruguai, o trio de ataque formado por Cavani, Suárez e Forlán deu trabalho, mas não conseguiu fazer a diferença para a celeste.
O jogo começou truncado, com o Brasil tendo dificuldades na criação diante da ótima marcação da equipe uruguaia. Neymar, que foi o mais vigiado, sofria com a marcação individual de Arévalo e com o auxílio de Cavani na defesa. A equipe do treinador Oscar Tabarez veio no esquema 4-3-3, com os pontas Cavani e Suárez voltando até à defesa para fortalecer a marcação e acompanhar os laterais Daniel Alves e Marcelo.
Com 14 minutos, a primeira chance clara: Lugano sofreu pênalti de David Luiz. Forlán cobrou rasteiro, no canto esquerdo, mas Júlio César fez uma grande defesa, colocando para escanteio. Nos primeiros vinte minutos, porém, o panorama se manteve com o Brasil tentando encontrar brechas e o Uruguai, com sólida defesa, tentando armar contra-ataques. Até que aos 27, veio a primeira oportunidade brasileira: Hulk tabelou com Oscar mas chutou mal, para longe do gol. Aos 30, foi a vez do Uruguai: Forlán recebeu na entrada da área e chutou com perigo à meta de Júlio César.
Aos 40 minutos, apesar de não ter sido brilhante tecnicamente, a seleção canarinho acabou “achando” o seu gol. Após excelente lançamento de Paulinho, Neymar matou a bola no peito e tocou na saída de Muslera, que rebateu a bola para o meio da área. Oportuno, Fred completou para as redes abrindo o placar. Com o terceiro gol na competição, o atacante do Fluminense vem fazendo jus à sua convocação.
Logo no início do segundo tempo, aos 2 minutos, o Uruguai chegou ao empate: depois de bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Thiago Silva, que tocou errado para Marcelo, dentro da área. Cavani aproveitou e chutou no canto direito de Júlio César. Um gol que calou o Mineirão e deu ares de dramaticidade à partida. Com isso, o Uruguai acabou crescendo e por pouco não chegou à virada: aos 20, Forlán levantou para a área, Suárez desviou ligeiramente e, por pouco, Thiago Silva, de cabeça, não faz contra.
A essa altura, Felipão já tinha trocado Hulk por Bernard. A mexida surtiu efeito, o meia do Atlético Mineiro entrou bem e deu fôlego ao ataque. Nos últimos 15 minutos, o Brasil passou a apresentar mais volume de jogo enquanto o Uruguai não baixava a guarda demonstrando raça e vontade em campo. A celeste até chegou a perigar com Cavani, que recebeu na entrada da área e bateu. A bola resvalou em Luiz Gustavo e, por pouco, não enganou Júlio César.
Quando o jogo parecia se encaminhar para uma prorrogação, eis que surge a estrela de Paulinho: após perfeita cobrança de escanteio de Neymar, o volante se deslocou bem para cabecear para o fundo das redes. Para irritação de Luis Suárez, que reclamou com Muslera por não ter ido na bola na hora do cruzamento.
O Uruguai ainda tentou arrancar forças para um empate, levando perigo nos cruzamentos para a área brasileira. Mas já era tarde. Numa partida emocionante, a classificação teve as cores verde e amarelo. E com promessa de jogão este domingo no Maracanã, caso a Espanha confirme o favoritismo diante da Itália.
Rafael Souza é bacharelando em jornalismo pela UERJ, apaixonado por futebol e dono do blog Planeta Pelota
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