A agência para os refugiados das Nações Unidas disse que o combate na fronteira entre o Sudão e o Sudão do Sul forçou o deslocamento de 35 mil pessoas ao redor de Heglig e Talodi e outras áreas do estado de Kordofan do Sul, região disputada rica em petróleo.
Aviões da Força Aérea Sudanesa (FAS) bombardearam cidades em vários estados do Sudão do Sul, incluindo Unity, Warrap e Bahr el Ghazal Ocidental.
A ONU relatou “um aumento no número de refugiados sudaneses atravessando a fronteira, alguns deles gravemente desnutridos”. Nos últimos quatro dias, no assentamento de Yida na cidade de Unity, chegaram mais de 1.300 pessoas.
Na semana passada, o presidente sudanês Omar al-Bashir gritou salvas à liderança sul-sudanesa, referindo-se a elas como “insetos” e disse que só responderão com “armas e balas”, relatou a mídia. Al-Bashir é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade relacionados com o genocídio em Darfur em 2003.
Na segunda-feira, Bashir intensificou sua retórica ainda mais, “Eu comando o Exército a restaurar [nossos] direitos e repelir qualquer agressão do Exército da Liberação Popular do Sudão do Sul [ELPS], em qualquer centímetro do país e a qualquer hora”, disse ele conforme citado pelo Sudan Tribune.
Falando da China na terça-feira, o presidente sul-sudanês Salva Kiir disse que a recente agressão de Cartum, capital do Sudão, é uma declaração de guerra.
“Nosso vizinho em Cartum declarou guerra contra a República do Sudão do Sul”, disse ele, segundo a BBC.