Na corrida para alcançar o Primeiro Mundo, Brics podem estar ameaçado por concorrência

11/01/2013 00:56 Atualizado: 15/01/2013 01:04
Em verde os países que compõe o Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Wikimedia Commons)
Em verde, os cinco países emergentes do mundo que compõe o BricsBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Wikimedia Commons)

O futuro dos Brics como motores do crescimento global pode estar ameaçado por um novo grupo de concorrentes e, mais do que nunca, dependerá não tanto em como esses países se adaptam à economia, mas como eles a moldam. Tal “transmutação econômica” significa que estes países evoluem da condição de eficientes “camaleões” em direção a converterem-se em “vetores” de conhecimento e inovação.

Formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil em 2001, Brics é a sigla que se refere aos cinco principais países emergentes do mundo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (em inglês, South Africa) – que juntos ocupam cerca de 26% da área terrestre do planeta, abrigam 41% da população mundial e detém 46% de força de trabalho global, segundo o Itamaraty.

A concorrência dos Brics são países que cresceram mais e passaram nos últimos anos por turbulências econômicas menos profundas e possuem menos burocracia. Países emergentes, mais conhecidos como Mist – México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia –  o grupo é visto atualmente como um novo oásis num mercado frustrado por perdas na Europa, nos Estados Unidos e, mais recentemente, no Brasil e na China.

Apesar disso, entre os Brics, o Brasil é um dos países que mais tem potencial para se beneficiar dessa corrida conjunta para alcançar o Primeiro Mundo, segundo a economista e consultora Martha E. Ferreira.

“[O Brasil] tem enormes recursos naturais e a grande possibilidade de desenvolvimento agrícola, em razão de clima favorável e solo fértil. Não enfrenta problemas religiosos, o regime democrático está consolidado e estável, o sistema financeiro é sólido e as instituições são respeitadas”, disse Martha segundo o site GeoMundo.

Entretanto Martha acrescenta que o grande gargalo do Brasil ainda é a taxa de crescimento consequente de “contínuas políticas públicas míopes”.

“Nos últimos seis anos, a economia brasileira acumulou crescimento pouco maior que 15%, muito aquém do crescimento obtido pelos outros três países. A China cresceu 63%, a Índia, 43%, e a Rússia, 41%”, complementa a economista.

Nesta trajetória, o conceito de Brics não poderá se resumir apenas a considerações de natureza econômica. Como esses países articularão sua projeção de poder, influência e prestígio à tarefa da continuada prosperidade econômica, são alguns dos fatores que poderão determinar o futuro do Brics.

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