Bo Xilai, um político desgraçado e ex-oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), foi recentemente purgado do museu da cidade onde ele fez sua fortuna política.
Com o julgamento de Bo Xilai por corrupção às vésperas de começar, exposições que anteriormente glorificavam suas realizações em Dalian durante seu mandato como prefeito desapareceram, informou o Diário da Manhã do Sul da China (DMSC).
Enquanto prefeito de Dalian, Bo Xilai promoveu vários projetos, incluindo a construção do museu que agora apresenta artefatos mongóis e exibe flautas e selos em lugar das glórias passadas de Bo Xilai. Exposições anteriores dos projetos de Bo Xilai – o time de futebol local, o batalhão feminino de policiais montados e um show de moda internacional – apareciam com destaque no museu que agora não ousa pronunciar seu nome.
Oficiais de alto escalão do PCC não se recordam de Bo Xilai tão carinhosamente como os fãs de futebol e moda. Mídias estrangeiras de língua chinesa acreditam que Bo Xilai e o então chefe do aparato de segurança pública chinesa Zhou Yongkang tramavam um golpe de Estado fracassado em 2012 e que o plano foi desvendado por um subordinado de Bo Xilai em Chongqing, o ex-chefe de polícia Wang Lijun, que tentou desertar no consulado norte-americano em Chengdu.
Apagar a presença de Bo Xilai no museu da cidade de Dalian não é um ato inédito, a história de purgações é uma tática frequentemente usada para remover nódoas na imagem do PCC.
“Existe esta ideia de se livrar de tudo, de pessoas e de suas realizações”, disse Maria Repnikova, uma especialista na mídia do Partido Comunista, ao DMSC. “Embora possa parecer perturbador para muitos observadores, se você analisar outros eventos históricos, este método foi bastante usado no passado”, disse ela.
Bo Xilai compactuava com o ex-líder chinês Jiang Zemin quando foi prefeito de Dalian e usou seu sucesso lá como uma escada para alcançar posição mais elevada em Chongqing, enquanto visava escalões ainda mais altos no PCC.
Mas sua participação ativa na perseguição ao Falun Gong, a mando de Jiang Zemin, lhe trouxe inúmeras ações judiciais fora da China, movidas por praticantes do Falun Gong em diversos países.
Um vazamento publicado do Wikileaks, do Consulado dos EUA em Shanghai, revelou que a carreira política de Bo Xilai foi embarreirada por causa dos processos contra ele, especialmente quando o então primeiro-ministro Wen Jiabao argumentou que Bo Xilai não era adequado para maior visibilidade internacional por estar comprometido no estrangeiro.
Bo Xilai foi posteriormente designado para assumir Chongqing, no sudoeste da China, onde começou uma campanha de mobilização de eventos de cantorias maoístas e de limpeza dos ‘mafiosos’ locais, quando na verdade visava confiscar os bens de opositores políticos, empresários e críticos.
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