Autoridades do munícipio La Unión testarão seus efeitos nocivos
O município de La Unión, no sul do Chile, manifestou-se ontem sobre os efeitos nocivos e sobre a poluição gerada pela indústria do salmão no Lago Ranco e leitos dos rios, onde opera a empresa norueguesa Marina Harvest.
Desde 1990, a empresa norueguesa trabalha no país com a concessão e direito de uso de águas chilenas. Autoridades e membros da população municipal declararam publicamente oposição a presença da empresa na região.
Para gerar um plano de ação e proteção a nível regional, o município, liderado pelo prefeito Maria Angelica Astudillo, organizou hoje o debate sobre “A defesa das águas doces a nível regional”, em La Unión, durante o seminário “Bacia do Ranco: Ação e Proteção de nossas águas”. O encontro tem o apoio do Rotary Club, da Corporação Bacia do Ranco e da Câmara de Turismo do Chile.
Para o prefeito de La Unión, a instalação das gaiolas flutuantes pela Marine Harvest são “um dano ao meio ambiente que afeta tanto a água quanto a biodiversidade, além de prejudicar o turismo na região”.
Juan Carlos Cardenas, veterinário e diretor do instituto Ecoceanos e Patrick Melillanca, da área de comunicação da empresa, mais o ecologista Adrian Duffort, exporão em conjunto informações sobre a poluição da água e seus efeitos.
Cardenas afirmou em um comunicado que o Lago Ranco “já não suporta mais a carga de poluentes” derramados pela empresa estrangeira.
O especialista disse ao Epoch Times que a empresa nórdica estava usando “uma série de lacunas na legislação chilena, proibidas na Noruega, como solicitar a extensão da área de exploração. Além disso o estado chileno as entrega de mão beijada”, pois “a empresa divide a entrega dos relatórios e aplicações ambientais para a fraca instituição chilena que não consegue revisar em conjunto toda essa nova expansão industrial de suas piscicultura.”
A declarações de Cardenas somam-se as do prefeito de Ranco, Santiago Rojas, que afirmou em abril que a Marine Harvest nunca apresentou os estudos sobre o estado da água do Lago Ranco, que haviam prometido realizar todos os ano, segundo relatório da Ecoceanos.
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