A celebração da Copa do Mundo no país geraria novos postos de trabalho e impulsionaria o desenvolvimento turístico
Brasil, eleito sede para o Mundial de futebol de 2014, terá um impacto positivo em sua economia graças à celebração do megaevento esportivo no país. Segundo afirmações do Ministro do Esporte, Orlando Silva, o efeito multiplicador dos investimentos na infraestrutura urbana das 12 cidades que serão sede dos jogos gerarão novos postos de trabalho, melhorarão os salários e o desenvolvimento turístico.
“Esperamos um resultado parecido ao que ocorreu em Barcelona, onde os investimentos realizados e motivados pelos jogos, contribuíram para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes e a promoção turística do destino”, explicou.
Um estudo conjunto da Fundação Getúlio Vargas e da consultora Ernst & Young dizem que a celebração do Mundial de futebol aumentará o fluxo de turistas em 79% e gerará 80 milhões de dólares, provenientes, principalmente, das visitas turísticas.
Além disso, o estudo mostra a geração de 3,63 milhões de empregos, relacionados diretamente com o evento, além de um aumento da renda da população em 35,3 milhões de dólares.
Para as finanças públicas, a organização do próximo campeonato mundial de futebol gerará um aumento de 10,1 milhões de dólares na arrecadação brasileira até 2014.
Quanto aos investimentos necessários para a realização do megaevento, se requer realizar melhoras nas infraestruturas das cidades que serão sede dos eventos esportivos, além dos gastos de concorrência e outros gastos operacionais. Estima-se um orçamento de gastos destinado a:
• Gastos de concorrência: US$ 63.600 milhões
• Em infraestrutura: US$ 13.333 milhões
• Gastos de visitantes estrangeiros: US$ 3.300 milhões
• Custos operacionais e outros: US$ 662 milhões
Fazendo uma comparação com a África do Sul, as obras necessárias para organizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil estimam-se em pouco mais do dobro do que foi gasto pela África do Sul para o Mundial deste ano. A lista de obras inclui, entre outros, a construção de 12 estádios, obras de infraestrutura de transportes, investimentos em segurança, tecnologia, infraestrutura esportiva e aeroportos.
Os 94% dos custos em construção e reforma de estádios serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os clubes São Paulo, Internacional e Atlético Paranaense, custearão obras somente nos estádios que são donos e que sediarão partidas do Mundial, segundo publicado na Folha de São Paulo.