WASHINGTON – De pé na Colina do Capitólio em Washington, EUA, diante de uma multidão de testemunhas, 19 chineses declararam publicamente suas renúncias ao Partido Comunista Chinês (PCC) e suas organizações afiliadas na sexta-feira, dia 13 de julho.
Sua ação foi inspirada pelo movimento Tuidang ou ‘Sair do PCC’, que já resultou em mais de 120 milhões de chineses se retirando do PCC através de declarações online, pessoalmente, via telefone, fax ou e-mail.
Sun Hongyan, uma ativista dos direitos humanos que veio aos Estados Unidos seis meses atrás como um estudante, declarou sua renúncia perante uma enorme multidão com 1.000 pessoas que agitavam cartazes de apoio.
Na China, Sun ajudou pessoas que foram despejadas de suas casas por causa de projetos de construção patrocinados pelo governo. Ela também ajudou crianças diagnosticadas com doenças mortais cujos pais não podiam pagar tratamento médico.
No Capitólio, Sun expressou um sentimento de desamparo, enquanto falava sobre a luta pelos direitos humanos na China.
“Eu descobri que quem estava no caminho não eram empresários que estavam ansiosos por desenvolver projetos e ganhar dinheiro ou as pessoas que não seguem a lei, mas o governo que estava fazendo coisas ruins sob a bandeira de ‘servir o povo’. Mesmo a segurança e os direitos dos ativistas são violados. No final, acabamos lutando por nossos próprios direitos”, disse ela.
Sun era uma membra da Liga da Juventude e dos Jovens Pioneiros, organizações comunistas usadas como canais pelo regime para espalharem sua propaganda amplamente entre a juventude. Depois que ela foi para os Estados Unidos, Sun leu os ‘Nove Comentários sobre o Partido Comunista’, uma publicação do Epoch Times lançada no final de 2004, e disse que ficou mais clara sobre a importância de expor os atos malignos do PCC. O livro conta a história da China e a destruição que o país sofreu depois que os comunistas tomaram o poder em 1949. Ele é a força motriz do movimento Tuidang.
Sun pediu ao povo chinês para ficar do lado do bem diante do que ela chamou de “tirania do mal”. Ela, pessoalmente, sente orgulho de ser parte do movimento Tuidang.
“Vamos dar as boas vindas a uma nova China que seja livre do controle do Partido Comunista”, disse ela.
O Sr. Li da província de Fujian também estava entre a multidão de pessoas que se retiraram do PCC em 13 de julho. Ele relatou sua experiência em 2004, quando as autoridades chinesas confiscaram sua casa e venderam sua terra. “Quando os agricultores não têm terras, perdemos a fonte mais importante de renda”, disse ele.
Com esse histórico, Li disse, “Eu solenemente declaro que de agora em diante não quero ter nada a ver com o PCC. Gostaria de anunciar minha intenção publicamente para que as pessoas da China possam sentir a liberdade que temos aqui nos Estados Unidos. Não há mais tempo para nos calarmos. É com grande alegria que anuncio minha renúncia ao Partido Comunista e suas organizações afiliadas. É um chamado da minha consciência. Agora, eu não tenho nenhuma relação com o Partido Comunista.”
Yi Rong, diretor do Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC, que lidera a campanha de renúncias, emitiu certificados para Sun Hongyan, o Sr. Li e outros 17. Ela expressou seu apreço por aquilo que caracteriza como despertar espiritual. “O povo chinês está fazendo a escolha certa para si e para a China. Graças a este despertar espiritual, mudanças fundamentais estão acontecendo todos os dias na China”, disse Yi Rong.
Antes do comício, Edward McMillan-Scott, o vice-presidente do Parlamento europeu, Laima Liucija Andrikienė, uma membra lituana do Parlamento europeu, e Tunne-Valdo Kelam, um membro estoniano no Parlamento, emitiram uma proclamação conjunta de apoio ao Centro de Assistência Global e ao movimento Tuidang.