Mulher de 80 anos desperta 20.000 chineses

07/08/2012 03:00 Atualizado: 07/08/2012 03:00

A Sra. Zhu participa de uma vigília em Melbourne em 20 de julho de 2012 para homenagear os milhares que morreram na perseguição do regime chinês à prática de meditação pacífica do Falun Gong. (The Epoch Times)Uma forte crença na verdade e o desejo de ajudar os outros motivam uma senhora a dedicar sua vida a missão de “despertar as pessoas” sobre a natureza do Partido Comunista Chinês (PCC) e persuadi-las a rejeitá-lo.

Até 20 de julho de 2012, Zhu Yufang, uma voluntária de 80 anos do movimento Tuidang em Melbourne, Austrália, estima que tenha convencido 20.135 pessoas a deixarem o PCC e suas organizações afiliadas desde que o movimento começou no final de 2004. Tuidang significa “Sair do Partido” ou “Renunciar ao Partido” em chinês.

O Tuidang começou logo após a publicação dos ‘Nove Comentários sobre o Partido Comunista’, conhecido em chinês como ‘Jiuping’, primeiro como uma série editorial do Epoch Times e, em seguida, como um livro.

A Sra. Zhu soube a verdade sobre o PCC depois de ler o Jiuping e imediatamente renunciou ao PCC e à Liga da Juventude Comunista.

Quatorze anos atrás, a Sra. Zhu começou a praticar o Falun Gong, uma prática espiritual tradicional chinesa. Ela melhorou de sérios problemas de saúde e parece muito mais jovem do que seus 80 anos. Ela começou a contar às pessoas em Melbourne sobre o Falun Gong, mas só posteriormente se voluntariou a integrar o movimento Tuidang.

Quando perguntado por que ela começou a convencer o povo chinês a sair do PCC, a Sra. Zhu explicou como foi educada na China a acreditar que o PCC era o salvador da nação, o que a convenceu a se juntar ao PCC e à Liga da Juventude Comunista. Após o massacre de 4 junho na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) dos manifestantes estudantis, ela começou a perder a fé no PCC e, pouco depois, o PCC passou a perseguir o Falun Gong.

Depois que a Sra. Zhu leu o Jiuping, ela disse que despertou para a verdadeira natureza do PCC. “No passado, éramos estupidamente leais ao PCC. O PCC perseguiu e ainda persegue pessoas de bom coração, faz propaganda para transformar o preto em branco e até mesmo forjou o incidente de autoimolação em Tiananmen para caluniar o Falun Gong, bem como extrai criminosamente os órgãos de praticantes vivos do Falun Gong por dinheiro. O PCC cometeu inúmeros males, que são intoleráveis aos céus, por isso ele será desintegrado.”

Um estande de renúncia ao PCC perto da Casa do Capitão Cook em Melbourne, Austrália. (Hu Yuhua/The Epoch Times)A Sra. Zhu sentiu a necessidade de expor as atrocidades que ocorrem na China e despertar o povo chinês sobre a natureza do regime. “Tenho de me apressar, antes que o PCC se desintegre, e dizer a verdade por trás do PCC aos membros do Partido Comunista, da Liga da Juventude Comunista e dos Jovens Pioneiros [uma organização do PCC para crianças] para salvá-los de serem punidos junto com o PCC.”

Armada com sua lancheira e seu carrinho carregado com literatura sobre a perseguição. “Diariamente, eu tento dizer a todos os chineses que encontro, esteja eu andando ou no ônibus.”

A Sra. Zhu acredita que o número de pessoas que renunciam ao PCC está crescendo rapidamente porque as pessoas estão se tornando mais claras sobre a verdadeira natureza do PCC e já não o temem. Ela compartilhou algumas de suas experiências mais memoráveis:

Uma vez, enquanto “esclarecia a verdade”, que significa contar às pessoas sobre a perseguição ao Falun Gong, perto do consulado chinês, ela ajudou uma mulher chinesa em seus trinta anos a sair do PCC. Então, pouco tempo depois, a mesma mulher voltou, buscando ajuda para sua irmã. Ela disse a Sra. Zhu que sua irmã queria sair do PCC, mas não tinha tempo para ir ao ‘Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC’; a Sra. Zhu anotou o nome dela e depois registrou seus dados no website oficial do movimento, o Tuidang.dajiyuan.com

Em outra ocasião, a Sra. Zhu trabalhava fora do consulado chinês quando um homem chinês que entrava no consulado a tratou de forma ríspida. Ela ainda o cumprimentou calorosamente e quando ele saiu a Sra. Zhu lhe disse, “Eu espero que você tenha um grande futuro e não quero dizer mais nada; é simplesmente pelo seu próprio bem.” O homem se acalmou e lhe perguntou qual a utilidade de renunciar ao PCC. Após a Sra. Zhu descrever as razões, ele ficou convencido e renunciou a Liga da Juventude Comunista.

Turistas chineses passam pelos estandes da Sra. Zhu em diversas áreas em Melbourne. Alguns não a tratam bem. Enquanto explicava para um grupo de turistas sobre a natureza do Falun Gong e a perseguição do PCC, um deles, que parecia ser um oficial chinês, disse a Sra. Zhu que já sabia sobre o PCC, que não renunciaria e se afastou.

A Sra. Zhu continuou a falar com ele, “Eu não queria desistir dele, assim, eu o segui e lhe falei mais sobre a corrupção do PCC e então ele disse, ‘Eu sei.’ Mais tarde, ele ficou zangado e disse, ‘Eu sei o que o PCC é e como o Falun Gong é perseguido.’ Pedi-lhe para renunciar e ele concordou em fazê-lo com um pseudônimo.”

No fim de cada dia, ela conta o número de pessoas que convenceu a renunciar. Após sete anos, ela estima que tenha ajudado mais de 20.000 pessoas a renunciarem ao Partido Comunista Chinês.