Mudança de regime é inevitável enquanto chineses renunciam ao Partido Comunista

28/11/2014 17:14 Atualizado: 28/11/2014 17:14

Alguns parlamentares canadenses acreditam que uma mudança de regime na China está no horizonte com tantas pessoas renunciando ao Partido Comunista Chinês.

Desde 2004, 185 milhões de chineses já renunciaram todos os laços com o Partido Comunista Chinês (PCC) e suas organizações afiliadas, como parte de um movimento popular chamado “Renuncie ao Partido” (Tuidang, em chinês).

“O povo chinês, num futuro próximo, terá um novo governo, um governo democrático, que respeite o estado de direito e os direitos humanos básicos”, previu o senador Thanh Hai Ngo, que fugiu do Vietnã do Sul quando os comunistas tomaram o poder no país em 1975.

“Agora que mais de 100 milhões de chineses já renunciaram ao PCC, o regime comunista tem de deixar o poder, a China tem de mudar”, disse ele.

O movimento de renúncia ao PCC começou há dez anos, quando a edição chinesa do Epoch Times publicou os “Nove Comentários sobre o Partido Comunista“, uma série editorial posteriormente tornada livro.

O livro investiga as atrocidades cometidas pelo comunismo e mostra como este destruiu a cultura chinesa desde que os comunistas tomaram o poder na China em 1949.

“Estou muito otimista que grandes mudanças ocorrerão na China. Isso ocorrerá mais cedo do que a maioria das pessoas espera”, previu Wladyslaw Lizon, um parlamentar canadense de Mississauga.

Originário da Polônia, Lizon disse que quando crescia a maioria das pessoas não acreditava que a ditadura comunista cairia durante suas vidas. Então, em 1989, o comunismo na Polônia se desfez. Países da Europa Central e Oriental, assim como a Rússia, começaram a transição do comunismo em torno desse período.

“Por meio da transformação pacífica, grandes mudanças não só ocorreram em nossa vida, mas já se passaram 25 anos”, disse Lizon.

Rob Anders, parlamentar canadense de Calgary, citou uma pesquisa de Erica Chenoweth, professora-associada da Escola Josef Korbel de Estudos Internacionais da Universidade de Denver: quando há uma massa crítica de 3,5% ou mais da população que participa na resistência pacífica, normalmente isso desencadeia a mudança política.

“Esse é o futuro da China”, disse Anders. “Se houver uma mudança de coração na atual liderança chinesa, poderia haver uma transformação pacífica de um regime comunista para outro tipo de regime.”

Anders participou de uma conferência de direitos humanos em Hong Kong alguns anos atrás e disse aos locais para rasgarem seus cartões de sócio e renunciassem ao PCC. “Esse foi meu momento de maior orgulho”, disse Anders.

Anders acredita que o mundo ocidental também tem um papel a desempenhar. Isso pode começar ‘dando-se nomes aos bois’, diz ele, como fez Ronald Reagan ao chamar a União Soviética de “império do mal”. “O regime comunista chinês aprisiona, tortura e mata mais pessoas do que qualquer outro regime na face da Terra. É importante que não ignoremos isso”, disse ele.