MTST e OAB criticam Exército por monitorar grupos sociais

07/08/2014 13:53 Atualizado: 07/08/2014 13:53

A participação do Exército na segurança pública tem cada vez mais gerado incômodo em setores da sociedade que preferem ver a força terrestre cuidando exclusivamente da defesa contra ameaças externas. Membro da OAB chega a dizer que o Exército deveria ser subordinado à Polícia Militar.

Na semana passada podia-se ver na página do MTST a frase “não passarão”, uma clara alusão à frase bastante usada pelo Exército brasileiro, “eles que venham, por aqui não passarão”. Embaixo da frase, o MTST estampava a notícia de que o Exército tem aperfeiçoados seus setores de inteligência visando um monitoramento mais apurado dos movimentos sociais.

O representante da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais também não gostou da ideia do Exército. Ele disse: Não cabe ao Exército cuidar de segurança de público interno. A função dessa corporação é proteger o país contra as ameaças externas. O ideal seria que esse órgão fosse subordinado à Polícia Civil ou Militar”, defende o advogado Bruno Burgarelli, presidente da Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB/MG).

Outro que também não gostou da ideia foi o sociólogo Luís Flávio Sapori, autor do livro “Menos pobres, menos crimes”. Ele também desconfia da nova atribuição do Exército brasileiro, que diz ser “desnecessária e injustificável”. “Não me parece que o Exército deva se envolver em atividades de monitoramento. Em uma democracia, isso não é uma tarefa das Forças Armadas. Isso pode criar constrangimentos e retornar à perspectiva de que o Exército é o guardião do Estado e das instituições, e não é o caso ”, afirma.

Sociedade Militar