MST e Venezuela assinam acordos para fortalecimento do socialismo bolivariano no Brasil

30/10/2014 12:14 Atualizado: 30/10/2014 14:08

Elias Jauá Milano, vice-presidente e ministro do Poder Popular para Comunas e Movimentos Sociais da República Bolivariana da Venezuela, representando o governo do presidente Nicolás Maduro, assinou uma série de parcerias com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os acordos visam a doutrinação e agitação bolivariana no Brasil a nível de comunidades locais para dar andamento à agenda comunista do Foro de São Paulo na América Latina.

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Milano escolheu São Paulo e Paraná para realizar encontros com as lideranças do MST.  O ministro de Comunas e Movimentos Sociais disse que o objetivo da visita ao Brasil é aumentar a capacidade de compartilhamento de experiências de “formação” para, segundo ele, “fortalecer o que é essencial numa revolução socialista, que é formação, conscientização e organização do povo para defender o que foi alcançado e avançar na construção de uma sociedade socialista”.

Um comunicado publicado no site do Ministério do Poder Popular Para as Comunas e Movimentos Sociais do governo venezuelano explica: “No âmbito da visita ao Brasil do vice-presidente de Desenvolvimento de Socialismo Territorial, Elias Jauá Milano, foram assinados uma série de acordos na terça-feira (28), nas áreas de formação e desenvolvimento de produtividade comunitária entre o governo bolivariano e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Terra do Brasil (MST), em Guararema, estado de São Paulo”.

Recentemente, Elias Jauá Milano causou polêmica no Brasil quando a Justiça Federal decretou a prisão preventiva da venezuelana Jeanette Del Carmen Anza, babá de seu filho, presa pela Polícia Federal na madrugada de sexta feira (24), ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo.

Numa maleta preta do ministro, a babá levava um revólver Smith & Wesson calibre 38 municiado e um detalhado manual que trata da “derrota permanente do inimigo” e cartilhas mencionando estratégias do Partido Comunista Chinês; uma delas ensina como “marcar e neutralizar o inimigo” e “como enfrentar crises e conflitos reais”.

Para justificar a arma, Milano afirmou na ocasião que a babá na verdade seria sua segurança, e carregava a arma para proteção dele e sua família. O ministro venezuelano assinou um termo perante um juiz e obteve a liberação da arma. A babá, entretanto, continua presa.