O Social Good é um termo ou um movimento que une três grandes forças do mundo moderno: novas mídias, problemas sociais complexos e inovação. A ideia, como explicam os fundadores do projeto no Brasil, passa por acreditar no poder das novas tecnologias para impulsonar soluções a desafios atuais. “A rede é feita de pessoas e são elas que estão transformando a sociedade a cada minuto com microações que juntas se tornam grandiosas”, diz o anúncio oficial no site.
Nos EUA, a ideia de unir as novas mídias e pensadores inovadores é apoiada por grandes nomes como a Fundação das Nações Unidas e Fundação Bill e Melinda Gates e portais de tecnologia, como o Mashable. O movimento, inclusive, deu origem a um evento, o Social Good Summit, que acontece em Nova York, e que terá uma versão brasileira, em São Paulo, no dia 24 de setembro, com transmissão via streaming.
Os temas do encontro no Brasil tratam de inovação social nas periferias e favelas, como desenvolver inovações em empresas e organizações sociais e o impacto das campanhas e movimentos digitais no engajamento de pessoas que buscam transformar o lugar em que vivem.
Entre os palestrantes estão Kriss Deiglmeier, diretora do Centro de Inovação Social da Universidade de Stanford e Anderson França, ativista fundador da Universidade da Correria, iniciativa que promove a realização de cursos de extensão para seus alunos e comunidade. Luis Henrique Nascimento, também fala sobre seus trabalho como coordenador da Escola Popular de Comunicação Crítica, que ensina 90 jovens do Rio de Janeiro conceitos da Publicidade Afirmativa – que não visa só o lucro, mas valores como sociabilidade, cultura, comunidade e meio ambiente.
Na lista também estão Cláudio Sassaki, sócio-fundador da plataforma adaptativa Geekie e Anna Penido, diretora do Inspirare que estarão cobrindo o evento e compartilhando, via redes sociais (Facebook e Twitter), os melhores momentos.
Confira abaixo alguns destaques da programação do encontro:
8:45 – 9:30: O Movimento Social Good no Brasil e no mundo.
Como o movimento conseguiu ir além dos seminários e conseguiu fomentar o uso da tecnologia para o bem social. Palestrantes: Fernanda Bornhausen Sá, Lucia Dellagnelo, Françoise Trapenard e Paulo Castro.
9:30 – 10:30: Inovação Social no mundo segundo a Universidade de Stanford.
“Inovação social é uma nova solução para um problema social, uma solução mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa que as soluções já existentes, e que, prioritariamente, gere valor para a sociedade como um todo ao invés de beneficiar apenas alguns indivíduos”, afirma Kriss Deiglmeier, que será a palestrante deste painel.
10:30 – 11:40: Versões brasileiras da Inovação Social nas periferias e favelas do nosso país.
Em busca de uma versão brasileira de inovação social, é visível a emergência de inovações nas periferias e favelas que surgem da criatividade e da correria do cotidiano. Palestrantes: Anderson França, da Universidade da Correria e FunkYou, Aline Rodrigues, do Periferia em Movimento, Luis Henrique Nascimento, do Observatório de Favelas e Joaquim Melo, do PalmasLab.
13:00– 14:10: Qual o impacto social das campanhas e movimentos digitais.
Neste painel será discutido como as campanhas e movimentos digitais estão causando impacto nas vidas das pessoas e quais são os resultados apresentados por elas. Palestrantes: Alessandra Orofino (Meu Rio), Graziela Tanaka (Change.org), Drica Guzzi (Escola do Futuro da USP e autora do livro Web e Participação: a democracia do século 21).
14:50 – 16:00: O que os jovens nativos e cidadãos digitais querem da Educação Brasileira?
Nesse novo cenário de acesso a informação e recursos antes inimagináveis, em que as redes sociais são usadas para fazer denúncias e propor soluções, o painel pretende discutir os desejos dos jovens para a educação. Palestrantes: Daniela Pavan (Instituto C&A), Anna Penido (Instituto Inspirare), André Gravatá (Coletivo Educ-ação) e Carla Mayumi (Box 1824).
16:30 – 17:40: Como criar e gerar inovações em empresas e organizações sociais.
Quais são os avanços e desafios de grandes empresas e organizações sociais que buscam criar inovações sociais percebendo esta mudança de cenário? Como estão se reinventando para conectar-se ao seu propósito? Palestrantes: Regina Siqueira (Centro Ruth Cardoso), Carla Belitardo (Ericsson), Fernanda Bornhaussen Sá (IVA), Lúcia Dellagnelo e Pedro Sirgado (Instituto EDP).
Esse conteúdo foi originalmente publicado pelo site Porvir