Movimento dissidente chinês ganha força, diz ex-espião

01/12/2011 00:00 Atualizado: 04/09/2013 19:54
Um desfile no bairro chinês em Toronto, Canadá, em apoio aos 100 milhões de cidadãos chineses que renunciaram ao Partido Comunista Chinês (Matthew Little/Epoch Times)
Um desfile no bairro chinês em Toronto, Canadá, em apoio aos 100 milhões de cidadãos chineses que renunciaram ao Partido Comunista Chinês (Matthew Little/Epoch Times)

Um movimento na China Continental convocando as pessoas a renunciarem ao Partido Comunista Chinês (PCCh) está crescendo, disse Li Fengzhi, numa conferência sobre espionagem, em novembro de 2011.

“É um movimento significativo para renunciar ao PCCh. Eu também renunciei ao PCCh em 2009. E muitas outras pessoas também. Isso deverá ser um ótimo meio para remover pacificamente o PCCh da China”, disse Li aos profissionais de segurança em Gatineau, Quebec, na Conferência de Segurança Industrial Canadense.

“É claro, eu gostaria de dizer que há outros meios do povo chinês combater o PCCh para conseguir a democracia e a liberdade novamente para a China.”

Li era um antigo oficial da inteligência do Ministério da Segurança do Estado, a principal agência de inteligência chinesa. Ele desertou para os Estados Unidos em 2004, alegando razões políticas.

Ele disse que a influência do movimento era “muito grande” e estava ganhando força.

O movimento começou em 2004 com a publicação de uma série editorial da edição chinesa do Epoch Times detalhando os crimes e abusos do Partido Comunista Chinês ao longo de seus 60 anos de história.

Ele convoca os cidadãos chineses a declararem sua renúncia ao Partido e suas organizações afiliadas através dos centros de “Renúncia ao Partido” dirigidos por voluntários no exterior. O povo chinês pode registrar sua renúncia de várias maneiras, incluindo email, ligações telefônicas, fax ou mensagens instantâneas.

Embora o número total de membros ativos do PCCh seja de 80 milhões, a maioria dos chineses num momento ou outro de suas vidas são requeridos a prometer suas vidas ao Partido e a participar frequentemente das organizações do Partido Comunista, incluindo a Liga Comunista da Juventude e os Jovens Pioneiros. Até então, mais de 100 milhões já renunciaram, de acordo com os organizadores do movimento.

Li disse que ele tem esperanças que o movimento de Renúncia ao PCCh, combinado com outros movimentos dissidentes, possa rapidamente remover o Partido do poder na China.

Ele disse que quando isso acontecer, a relação da China com outros países vai normalizar e a espionagem realizada pelo Partido vai parar.