Ele tinha participado nos protestos que antecederam aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008
O monge tibetano Jamyang Jinpa, do mosteiro Labrang no Tibete, morreu em abril deste ano após três anos de tortura por agentes do regime comunista chinês.
Jamyang foi um dos monges que fizeram declarações públicas a jornalistas estrangeiros em 9 de abril de 2008, antes da Olimpíada, e que sofreram repressão após os protestos no Tibete.
Naquela época, os jornalistas visitaram templos no Tibete sob a supervisão do regime comunista. Todos os monges esconderam-se, com a exceção de Jamyang. Em suas declarações, ele foi preso e espancado pela polícia. De acordo com declarações do governo tibetano no exílio, Jamyang foi torturado quase até a morte durante um interrogatório que durou 10 dias.
Um mês depois, ele foi entregue a sua família. De acordo com a “Campanha Internacional pelo Tibete”, com sede em Washington, EUA, os vestígios da tortura ainda se viam. Jamyang sofreu derrames cerebrais e seus rins foram danificados. Sua condição deteriorou-se progressivamente até sua morte em 3 de abril de 2011.
Jamyang é o segundo monge do mosteiro de Labrang que morreu depois de participar nos protestos que antecederam as Olimpíadas. Sangey Gyatso foi outro monge implicado nos protestos de 2008. Ele morreu em fevereiro de 2011, após estar desaparecido por um ano.