Uma tentativa de eliminar decisivamente o programa de ‘lavagem cerebral’ da China
Mais de 8.000 estudantes da Universidade de Hong Kong boicotaram as aulas na terça-feira para protestar contra uma lei chinesa arbitrária que eles descreveram como “lavagem cerebral”, no que tem sido a maior demonstração estudantil na cidade desde 1989, o mesmo ano da repressão na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em Pequim.
O protesto, uma série de manifestações de quase duas semanas, culminou em frente ao prédio principal do governo de Hong Kong sobre a chamada “Educação Moral e Nacional”.
No último fim de semana, os manifestantes pressionaram o chefe-executivo Leung Chun-ying sobre a concessão crucial de que as aulas não seriam obrigatórias conforme previamente estipulado.
Mas agora, vestidos principalmente de preto, manifestantes chamaram Leung Chun-ying para colocar o ponto final no plano de uma vez por todas. Que não apenas deixe de ser obrigatório, mas que seja desfeito completamente.
O currículo educacional, se adotado por qualquer escola, ensinaria a história revisionista do Partido Comunista Chinês, dizem os críticos. O currículo é semelhante à educação patriótica ensinada na China continental.
As classes abordariam muito pouco do Grande Salto para Frente, da Revolução Cultural ou do massacre da Praça Tiananmen.
Um estudante do ensino médio disse ao Epoch Times que, “Eu me sinto que [Leung] trará a questão de novo e então a tornará obrigatória à força” no futuro.
Assim, eles mantêm os protestos para matar o plano por completo.
Outro estudante, que frequenta a Universidade Batista de Hong Kong, disse à emissora NTDTV que Leung está apenas tentando “pacificar nossa raiva” e o plano provavelmente retornará no futuro.
Alguns alunos expressaram raiva que o comitê de educação nacional de Hong Kong, dirigido por Anna Wu Hung-yuk, esteja tentando buscar formas de reavivar o plano, informou o jornal de Hong Kong.
Lee Shing-hong da Federação Estudantil de Hong Kong disse que “Hong Kong fez história” encenando o boicote.
“O povo de Hong Kong está preocupado que haja motivos políticos por trás dessas aulas de educação nacional. Se houver motivos políticos, então, eu espero que o governo central as remova”, concluiu ele.