Ministros das Finanças do G-7 se encontram enquanto crise do euro se aprofunda

08/06/2012 03:00 Atualizado: 08/06/2012 03:00

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, fala na Cúpula Fiscal de 2012, no mês passado em Washington DC. Geithner representou os Estados Unidos na reunião do Grupo dos Sete (G-7) em Nova York. (Brendan Hoffman/Getty Images)NOVA YORK – Os ministros das Finanças dos países do Grupo dos Sete (G-7) se reuniram na manhã de 5 de junho para discutir e rever as opções que os líderes da zona do euro têm proposto para avançar com a criação de uma união fiscal e política mais forte.

O G-7 concordou em monitorar a evolução até a cúpula maior do G-20 prevista para este mês no México.

Os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália são os membros do G-7. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e o presidente do Federal Reserve, Benjamin Bernanke, representaram os Estados Unidos na reunião.

“Os ministros e governadores do G-7 reviram a evolução da economia global e dos mercados financeiros e a resposta política em causa, incluindo os progressos para uma união financeira e fiscal na Europa”, disse o Tesouro dos EUA num comunicado, segundo a Bloomberg.

A proposta principal que alguns analistas têm defendido é para títulos unificados da zona do euro, o que eliminaria a diferença de juros entre as nações individuais e teria a força coletiva do bloco do euro de 17 países.

Um crítico dessa ideia é o ex-CEO do Deutsche Bank AG, Josef Ackermann. “Eu sou contra os títulos do euro. Se fizermos isso agora, talvez isso permita o financiamento com a Alemanha garantindo até 27%”, disse ele. “Isso significa que talvez a pressão de outros países por reformas necessárias seria retirada e isso seria errado.”

Os sentimentos de Ackermann são ecoados por outros economistas e políticos alemães que dizem que o ônus do financiamento recairia sobre a Alemanha, que tem a folha de balanço mais forte entre as nações da zona do euro.

Dados europeus decepcionantes

Entretanto, os novos indicadores econômicos da zona do euro pintam um quadro sombrio da situação econômica atual, que é prejudicado por uma crise da dívida soberana cada vez pior.

Uma avaliação do índice combinado de compras da UE nas indústrias de manufatura e serviços contratados foi de 46,7 para 46 em maio, a maior queda em mais de três anos, de acordo com o Markit Economics, baseado em Londres.

As encomendas das fábricas alemãs, uma medida do crescimento econômico futuro, caíram 1,9% em abril, de acordo com o ministro da Economia da Alemanha. A Alemanha é a economia mais forte e maior da região.

Separadamente, as vendas no varejo em toda a União Europeia (UE) de 27 membros caíram 1% em abril em relação a março, de acordo com o departamento de estatísticas da UE em Luxemburgo. As nações com as maiores quedas em abril foram a Espanha (9,8% de queda) e Portugal (9,3% de queda).