Quatro milhões de empregos na Índia estão ameaçados pelas importações de plástico da China

26/09/2013 11:14 Atualizado: 26/09/2013 11:14
Sobrevivência de mais de 55 mil unidades de produção de plásticos está em risco, diz relatório
Um homem vende flores de plástico e lê jornal num mercado em Shivajinagar, em Bangalore, Índia. Crescentes importações de plásticos da China ameaçam a subsistência de milhões de trabalhadores na indústria indiana (Venus Upadhayaya/Epoch Times)
Um homem vende flores de plástico e lê jornal num mercado em Shivajinagar, em Bangalore, Índia. Crescentes importações de plásticos da China ameaçam a subsistência de milhões de trabalhadores na indústria indiana (Venus Upadhayaya/Epoch Times)

Importações de plásticos da China estão ameaçando a sobrevivência de milhares de produtores de plásticos na Índia e a subsistência de mais de 4 milhões de trabalhadores, segundo a Associação das Câmaras de Comércio e Indústria da Índia (ASSOCHAM).

“Muitas unidades teriam fechado e muitas mais estão prestes a encerrar, enquanto as unidades sobreviventes estão operando com menos de 70% de sua capacidade instalada e o setor está testemunhando tendências negativas de crescimento”, disse D.S. Rawat, o secretário-geral da ASSOCHAM, num comunicado de imprensa.

Grandes importações de produtos acabados de plástico sob acordos comerciais preferenciais, especificamente da China e de outras nações da Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional (SAARC), estão prejudicando a sobrevivência de mais de 55 mil unidades domésticas de processamento de plástico na Índia.

Segundo o comunicado, a principal causa da ameaça é a decisão tomada pelo governo indiano em maio deste ano de aumentar os impostos aduaneiros de 5 para 7,5% em grânulos de plástico, a principal matéria-prima para a indústria de plástico, enquanto a importação de produtos acabados continua com impostos zero ou concessões especiais.

Para salvaguardar o crescimento do setor de transformação de plásticos, a ASSOCHAM sugeriu ao governo que tarifas antidumping ou salvaguardas fiscais fossem impostas na importação de produtos acabados e baratos de plástico provenientes da China e de outros países vizinhos. Direitos aduaneiros de 15% devem ser aplicados sobre as importações de produtos acabados de todos os países.

A câmara também recomendou algumas medidas imediatas para estimular a indústria de plástico, sugerindo que o governo reverta os impostos aduaneiros de 7,5 para 5% em certas matérias-primas plásticas e elimine qualquer imposto de importação sobre o consumo dos governos estaduais ou locais, a fim de viabilizar a indústria local e torná-la competitiva.

“Há uma necessidade de colocar o setor de transformação de plásticos de volta no caminho do crescimento, pois isso contribuirá substancialmente para o aumento do produto interno bruto [PIB], a criação de oportunidades de emprego, a ajuda no controle dos déficits de conta corrente e fiscal, o controle da inflação e o fornecimento de itens de plástico às massas a um preço acessível”, concluiu Rawat.