Pelo menos 250 milhões de crianças não sabem ler, escrever ou contar em todo mundo, alerta UNESCO

19/09/2013 13:05 Atualizado: 19/09/2013 13:05
Estudantes de escola primária na República Democrática do Congo levantam as mãos para responder perguntas (Dominic Chavez/Banco Mundial)
Estudantes de escola primária na República Democrática do Congo levantam as mãos para responder perguntas (Dominic Chavez/Banco Mundial)

Apesar das matrículas no ensino primário terem aumentado consideravelmente nos últimos 15 anos, os níveis reais de aprendizagem permanecem baixos em muitos países, informou na terça-feira (17) a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

No mundo, pelo menos 250 milhões de crianças em idade escolar não são capazes de ler, escrever ou contar bem o suficiente para atender aos padrões mínimos de aprendizagem. Esses dados incluem meninos e meninas que passaram pelo menos quatro anos na escola, afirma um novo relatório da Comissão Especial sobre Métricas de Aprendizado [do inglês ‘Learning Metrics Task Force’], da qual a UNESCO é membro.

Para ajudar a ONU a atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e desenvolver uma agenda pós-2015, a Comissão desenvolveu uma série de recomendações baseadas nas informações obtidas de 1.700 pessoas de 118 países. Elas utilizam ambas as avaliações de aprendizagem já existentes e novas medidas para melhorar as oportunidades e resultados das crianças.

De acordo com o relatório “Em Direção a uma Aprendizagem Universal: Recomendações da Comissão Especial sobre Métricas de Aprendizado”, os sistemas de ensino devem oferecer oportunidades para que crianças e jovens dominem as competências de sete categorias da aprendizagem: bem-estar físico, social e emocional, cultura e artes, alfabetização e comunicação, abordagens e cognição, matemática e ciência e tecnologia.

O relatório pediu que todas as pessoas envolvidas com a educação nos países estimulem a universalidade da educação primária e promovam mudanças no modo de aprendizado.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil