Em 10 de dezembro, dezenas de milhares de chineses de 15 províncias e cidades comemoraram o Dia Internacional dos Direitos Humanos indo a Pequim para apelar ao regime comunista chinês; milhares foram presos.
De acordo com um relatório da Campanha dos Direitos Humanos na China (HRIC), mais de 2 mil peticionários foram presos nas proximidades do distrito das embaixadas estrangeiras e enviados para prisões não oficiais. Isso se soma ao número de detenções em outras partes da capital, alcançando uma cifra superior a 10 mil chineses presos, segundo o relatório.
O principal objetivo dos peticionários em protestar do lado de fora do escritório da ONU em Pequim e das embaixadas estrangeiras é causar sensibilização sobre a sombria situação dos direitos humanos na China e sobre suas queixas individuais.
Peticionários de 15 províncias e cidades chinesas, incluindo Shanghai, Tianjin, Guangdong etc. se reuniram na Ponte Marco Polo, mostrando faixas que diziam “Devolva nossos direitos humanos” e “Retrate nossas apelações legalmente”.
Na parte da manhã, os manifestantes foram ao escritório da ONU em Pequim, à embaixada dos EUA, ao Ministério das Relações Exteriores e à Estação Ferroviária do Sul de Pequim. No entanto, policiais fardados e à paisana foram posicionados nessas áreas antes da chegada dos peticionários, com ônibus prontos para capturar os peticionários e levá-los presos. De acordo com os presentes, milhares foram capturados e enviados para Jiujingzhuang, uma “prisão negra” não oficial a sudoeste de Pequim.
O peticionário Wang Zaiming disse: “Cada cruzamento é vigiado pela polícia, com ônibus esperando nas proximidades. Não havia como prosseguir. Ao ver os peticionários se aproximando, vinte ou trinta policiais viriam persegui-los e enfiá-los nos ônibus.”
Zhao Chunhong, um ativista dos direitos da província de Hebei, disse ao Epoch Times: “Havia policiais cercando a Estação Ferroviária do Sul de Pequim, a área das embaixadas estrangeiras e assim por diante, desde a manhã de hoje [10]. Peticionários não podem entrar. Todos foram levados pela polícia. Então, nós nos deslocamos para a Ponte Marco Polo [no Distrito Fengtai] para peticionar. Temos algumas centenas de pessoas aqui exibindo faixas.”
De acordo com Wang Zaiming, os detidos na prisão Jiujingzhuang ainda não foram liberados. Ele comparou a situação ao período da 3ª Sessão Plenária do Partido Comunista, quando os detidos não foram liberados até a conclusão da conferência política.