A mais popular plataforma de microblogue em língua chinesa, o Sina Weibo, lançou na quarta-feira um novo plano de adesão para usuários premium, que lhes oferece recursos extras.
O movimento dará ao website, que é similar ao Twitter e tem mais de 320 milhões de usuários, uma receita extra. A empresa registrou uma perda de 13,7 milhões de dólares durante o primeiro trimestre que terminou em maio.
“Os recursos premium podem habilitar o uso mais seguro e conveniente de Weibo”, disse Chen Jinguo, um oficial de relações públicas, à mídia estatal Global Times. Ele acrescentou que existem seis níveis para usuários pagos, em que “quanto maior o nível, mais funções os usuários podem desfrutar”.
Chen disse que a maioria dos usuários do Weibo continua utilizando o website, porque os serviços não pagos oferecem as necessidades básicas.
Para acessar os recursos premium, incluindo páginas da web personalizadas, segurança extra e postagens de voz, os usuários terão de pagar 10 yuanes (1,57 dólares) de taxa por mês. Outras características incluem o aumento do limite de seguidores de um usuário acima de 2.000.
Descontos estão disponíveis para usuários que assinam por longos períodos de tempo, pagando uma taxa anual de 108 yuanes (16,99 dólares), segundo o website ‘Tech in Asia’. Usuários VIP também ganham uma pequena coroa de ouro que aparece em sua página de perfil.
Uma pesquisa online realizada pelo jornal Information Times da China Continental constatou que 8% dos entrevistados “nunca estarão dispostos a pagar” pelos serviços oferecidos pelo Weibo, 18,4% disseram que esperariam e veriam, e 2,3% disseram que pagariam.
Alguns internautas que usam o serviço reclamaram que a mensalidade só será paga pelos membros da “elite” na China.
You Tianyu, um analista da empresa de consultoria iResearch de Pequim, disse ao Times que os serviços premium não serão extremamente rentáveis, dizendo que a empresa deve se concentrar mais em publicidade e jogos.
Enquanto os usuários ocidentais de websites de redes sociais como Twitter e Facebook se recusam a ideia de pagar por serviços de associação premium, a prática se tornou relativamente comum na internet de língua chinesa.
Websites chineses de redes sociais como Renren.com e Kaixin001.com lançaram serviços pagos para membros VIP, segundo o Times, e notaram que a receita é pequena.
Um porta-voz da Tencent, a maior empresa de internet da China, disse que nunca cobraria seus usuários.
No ano passado, o Weibo fez outro movimento na direção de monetizar seu conteúdo ao introduzir a moeda virtual “weibi”.
O Weibo tem um controle rigoroso sobre as mensagens de seus usuários em conformidade com as leis chinesas de censura da internet, bloqueando o conteúdo que é considerado politicamente sensível.