A substituição do editor-chefe do jornal Ming Pao continua a causar preocupação geral em Hong Kong. Noventa acadêmicos assinaram um compromisso conjunto para apoiar os funcionários do Ming Pao, pedindo à gestão que se comprometa a não vacilar em sua política editorial.
Um dos coordenadores das assinaturas, Ivan Choy, professor da Faculdade de Política e Administração Pública da Universidade Chinesa, disse que a mídia de Hong Kong tem sido frequentemente suprimida nos últimos anos. Ele disse se sentir pesaroso que os acadêmicos e intelectuais estejam agindo apenas em retrospecto, analisando e criticando a supressão da liberdade em Hong Kong apenas depois que as iniciativas do regime comunista chinês de penetrar em Hong Kong já se concretizaram em maior controle.
O Sindicato dos Profissionais Professores de Hong Kong fundou o “Grupo de professores e alunos em apoio ao Ming Pao”, um grupo online do meio educacional que declara que acompanhará de perto se o Ming Pao manterá sua política editorial anterior.
A Associação de Jornalistas de Hong Kong também lançou a campanha “Uma pessoa, uma carta”, pedindo ao público que expresse por meio de cartas suas preocupações ao chefe do Ming Pao, Tiong Hiew King.
Estas ações são destinadas ao mesmo objetivo, que a política editorial do Ming Pao não degenere devido à mudança de seu editor-chefe por um pró-comunista.
Na verdade, este incidente é consistente com uma ampla mudança nos editorias midiáticos de Hong Kong nos últimos anos, no entanto, o povo de Hong Kong não deve aceitar a nomeação do novo editor-chefe com indiferença, muito menos de bom ânimo.
O Epoch Times apontou num artigo recente, “Novo editor-chefe do jornal Ming Pao de Hong Kong é pró-comunista“, que o Ming Pao tem se distanciado muito de sua qualidade jornalística do passado.
A “neutralidade” preservada pelo Ming Pao, posando com a imagem de uma mídia intelectual, funciona como um anestésico. Em momentos críticos, o jornal falou em defesa do Partido Comunista Chinês (PCC), obscurecendo a verdadeira face do PCC diante dos leitores e cidadãos de Hong Kong.
Os cidadãos de Hong Kong, em geral, incluindo os bem-instruídos, foram enganados pelo Ming Pao. Às vezes, nos questionamos sobre o absurdo incrível da sociedade atual: Hong Kong, um baluarte da liberdade e do livre comércio, se desfigurando e submetendo ao regime comunista chinês.
Nos últimos anos, a mídia de Hong Kong tem se “coordenado” com o PCC na repressão ao Falun Gong. Esta perseguição diabólica do PCC aos praticantes do Falun Gong na China continental se tornou um assunto tabu na grande mídia.
Em Hong Kong, essas mídias também fecharam os olhos sobre as petições e manifestações pacíficas dos praticantes do Falun Gong. Seu silêncio os transforma em cúmplices dos crimes contra a humanidade do PCC. As pessoas de Hong Kong não querem mídias desse tipo, sem coragem ou dignidade e sem a força de vontade para agir com integridade.
Até hoje, o PCC continua a perseguir brutalmente os pacíficos praticantes do Falun Gong. Se o público em geral pode realmente compreender a verdade, será que eles ainda julgarão o Ming Pao como um jornal que merece respeito?
Além disso, outros cidadãos bem situados em vários setores de Hong Kong, incluindo os partidos políticos e as áreas acadêmicas, têm, por diversas razões, escolhido recuar e aceitar passivamente uma questão fundamental como distinguir o certo e o errado. Isto é uma vergonha e uma desgraça para Hong Kong.
Eu apelo a todos os cidadãos de Hong Kong: Apenas quando tivermos enfrentado as ameaças e a coerção sem escrúpulos do Partido Comunista Chinês, poderemos de fato nos levantar e enfrentar o julgamento da história.