A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, disse estar indignada com o caso das 200 adolescentes sequestradas na Nigéria pela milícia radical islâmica Boko Haram. O presidente Barack Obama, que toda semana faz um discurso ao país, cedeu o espaço à esposa, pela primeira vez na história americana.
Mãe de duas adolescentes, Michelle disse que ela e o presidente sentem “indignação” em relação ao episódio. “Essas jovens, Barack e eu vemos as nossas filhas. Vemos as suas esperanças, os seus sonhos e só podemos pensar na angústia que os pais podem estar sentindo neste momento”, destacou a primeira-dama. O pronunciamento antecede o Dia das Mães, celebrado amanhã em várias partes do mundo.
Michelle Obama disse também que a coragem das adolescentes deve servir de inspiração para que outros jovens se comprometam com a própria educação e peçam ações para que todos tenham acesso a ela. O grupo Boko Haram, que é contrário à educação das mulheres, ameaçou publicamente vender e escravizar as garotas.
A primeira-dama lembrou que outras jovens vivem situações semelhantes em outras partes do mundo. “O que se passou na Nigéria não é um incidente isolado, é uma história que sofrem todos os dias jovens em todo o mundo que arriscam as suas vidas para cumprir as suas ambições”, disse.
Michelle Obama recordou o caso da adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, baleada em outubro de 2012 por extremistas muçulmanos, por defender o direito universal à educação. Malala visitou a Casa Branca e falou na Organização das Nações Unidas (ONU) no ano passado.
“Quando a conheci pude sentir a sua paixão e determinação, enquanto me contava que a educação para outras jovens ainda é a missão da sua vida”, afirmou a primeira-dama, lembrando que há mais de 65 milhões de garotas no mundo sem escolarização.
Na terça-feira (6), o presidente Barack Obama disse que faria “todo o possível” para ajudar a Nigéria a procurar as adolescentes. O governo dos Estados Unidos anunciou que enviaria militares para apoiar as autoridades nigerianas no resgate.
Essa matéria foi originalmente publicado pela Agência Brasil