Hospitalizado há quatro meses após sofrer um grave acidente de esqui na estação de Méribel, na França, o heptacampeão da Fórmula 1, Michael Schumacher, deu sinais de consciência mas ainda não despertou totalmente do coma induzido no Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, na França.
Em recente entrevista à emissora alemã ARD, Sabie Kehm, assessora de Schumacher, demonstrou otimismo com a evolução do quadro clínico do piloto quem vem mostrando cada vez mais sinais de consciência desde o início de fevereiro. “Ele tem curtos momentos de consciência e está mostrando pequenos sinais de progresso”. Ela afirma que: “Tem momentos em que ele está acordado e momentos em que ele está consciente”. Também acrescenta: “Claro, eu não sou médica, mas, clinicamente, tem uma diferença entre estar acordado e estar consciente, com o segundo significando a habilidade de interagir com o meio ambiente”.
Entretanto para o neurocirurgião, Peter Hutchinson, médico chefe do GP da Grã-Bretanha, ditos momentos de lucidez não necessariamente indicam uma melhora na saúde de Schumacher.
Em entrevista para a BBC britânica ele disse: “Avaliamos a consciência de duas formas: a primeira é se os olhos estão abertos e a segunda é quando o paciente responde a ordens simples”
De acordo com o Dr. Hutchinson, o primeiro passo é eliminar os sedativos. O segundo – e o mais crucial, é deixar “a natureza fazer o seu trabalho”. Gradualmente, então, o paciente começa a recobrar a consciência. Segundo ele alguns pacientes acordam relativamente rápido e obedecem ordens, o que significa realizar movimentos controlados. “Mas, infelizmente, nem todos saem do coma induzido e permanecem conscientes”, ressalva Hutchinson.
Schumacher está internado desde o dia 29 de dezembro de 2013. Tanto os médicos como sua família não divulgam detalhes do estado de saúde do piloto desde o dia 17 de janeiro de 2014, quando revelaram que Schumacher sofreu “lesões cranianas sérias e difusas”. As poucas informações que chegam à imprensa são dadas pela agente do piloto, Sabine Kehm, que afirma que o estado dele é considerado “crítico, mas estável”.