A assembleia dos metroviários decidiu na tarde de ontem (8) manter a paralisação da categoria na capital paulista, contrariando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo que determinou, também no domingo, o fim da greve. O TRT julgou, por unanimidade (8 votos a 0), que a greve dos metroviários em São Paulo é abusiva.
A paralisação chegou ao quarto dia neste domingo, com quatro linhas: 1-Vermelha, 2-Verde, 3-Azul e 4-Amarela funcionando parcialmente. A corte impôs multa diária de 500.000 reais se a decisão não for cumprida.
Para justificar seu voto, o presidente da sessão, Rafael Pugliese, argumentou que não foi cumprida a liminar concedida na quarta-feira (4) pela desembargadora Rilma Aparecida Hemerito, que determinou a manutenção de 100% de funcionamento do metrô nos horários de pico e 70% nos demais horários.
O tribunal também estabeleceu o reajuste salarial para categoria de 8,7% – percentual oferecido pelo metrô.
Também no domingo, Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, em coletiva de imprensa disse que os metroviários serão demitidos por justa causa caso mantenham a greve no setor, e a polícia será acionada para garantir a segurança do usuário já na segunda-feira (9).
“Quero fazer uma convocação: que os metroviários voltem imediatamente a trabalhar. Porque a greve é abusiva. Não tem mais o que discutir”, disse Alckmin. “Decisão judicial se cumpre”, acrescenta o governador após reunião com Jurandir Fernandes, secretário estadual de Transportes.
Muitos atribuem a greve dos metroviários a um “grupo radical” do sindicato, ligados ao PSOL e PSTU que por sua vez negam o caráter político da greve. Ivan Valente (PSOL) e Zé Maria (PSTU) atacaram Geraldo Alckmin e defenderam os metroviários.
Alckmin também criticou os Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Movimento Passe Livre, que pretendem organizar atos alinhados aos dos grevistas, causando ainda mais transtornos a população da cidade de São Paulo.
Com informações de Vide Versus.