As ações chinesas registraram quedas generalizadas na sessão de segunda-feira (27) que provocaram a maior queda dos índices de referência em Shangai e Shenzen desde fevereiro de 2007, devido à incerteza sobre a manutenção do apoio de Pequim.
O índice CSI 300, que reúne as principais empresas listadas em Shangai e Shenzen, encerrou sessão com uma queda de 8,6%, até 3.818,73 pontos, enquanto o índice composto da Bolsa de Shangai caiu 8,48% até 3.725,56 inteiros.
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Sobre o ânimo dos investidores parece ter pesado a perspectiva de um iminente aumento das taxas nos EUA, assim como sinais de desaceleração na economia chinesa depois que, na sexta-feira (24), o Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês) do setor de manufatura do gigante asiático, correspondente a julho, registrou declínio ao situar-se em 48,2 pontos desde os 49,4 no mês anterior, o que representa sua pior leitura desde abril do ano passado.
Intervenção do Estado
Ainda é incerto, também, por quanto tempo as autoridades chinesas continuarão a apoiar os mercados, após a decisiva intervenção no início deste mês que impediu a quebra da bolsa.
“A recente recuperação foi mais rápida e mais forte, o que exige uma correção técnica”, opinou Yang Hai, analista da Kaiiyuan Securities, à Reuters.
Neste sentido, o analista alertou que um mercado menos otimista nos EUA ante a perspectiva de elevação das taxas no quarto trimestre, com a evolução de alguns preços na China, poderia levar Pequim a se abster de relaxar ainda mais sua política.