A mente e as doenças modernas

28/09/2014 06:00 Atualizado: 24/09/2014 13:28
Humores anormais prejudicam os órgãos internos: a mentalidade moderna tem gerado as doenças modernas

Tanto na moderna como na tradicional medicina chinesa a ênfase recai na prevenção dos hábitos prejudiciais. Por exemplo, acredita-se que os que sofrem de doenças coronárias não devem ficar excitados, e aqueles com problemas de fígado não devem ter raiva.

Na visão da medicina chinesa tradicional, o coração é afetado pela exaltação, o fígado pela raiva, os pulmões pela tristeza e ansiedade, o baço pelos pensamentos obsessivos e os rins pelo medo.

Fortes reações emocionais prejudicam a energia vital e o fluxo sanguíneo, e têm graves consequências no corpo. Esses ‘cinco sintomas emocionais’ são expressões nossas através dos cinco órgãos, as quais chamamos de emocões.

A moderna ciência médica também descobriu que mudanças constantes no estado de humor de uma pessoa levam a diferentes respostas do sistema endócrino, que podem resultar em vários prejuizos ao corpo.

Ao contrário de nossos antepassados, as pessoas de hoje são extremamente competitivas, invejosas, tensas e deprimidas. Somos ambiciosos, temos pouco autocontrole e forte desejo de nos exibirmos.

Quando somos tomados pelo sentimento de injustiça e de vitimização, procuramos continuamente meios para ganharmos aquilo que supomos serem nossos direitos e, desse modo, muitas vezes nos tornamos amargos, reativos e agressivos, prejudicando os que nos rodeiam e, em longo prazo, prejudicando até a comunidade em que vivemos.

Além disso, as pessoas atualmente estão cronicamente preocupadas com a perda e o ganho pessoal e isso tem um efeito negativo sobre a sua psique, tornando-as ambiciosas e tacanhas. Sentimentos destrutivos causam transtornos ao sistema endócrino e à vontade, e certamente resultam em doenças.

Por outro lado, os antigos eram muito cuidadosos quanto à conduta e à moral, e em relação a manter o autocontrole. Seus comportamentos eram governados por aquilo que eles consideravam ser a vontade do Céu. Eles estavam bem consigo mesmos. Eles não tinham muitas ambições, não buscavam obstinadamente as coisas, nem alimentavam sentimentos de injustiça . Por isso, não guardavam ressentimentos.

Além disso, nas sociedades antigas virtuosas a competitividade e querer se auto-promover não existiam. O ambiente social era, por isso, menos estressante. Os antigos não se comportavam neuroticamente nem ansiosamente. Eles não se preocupavam demais com as coisas, nem tinham sentimentos de indignação. Podemos seguramente dizer que, em geral, os antigos não tinham pensamentos e nem comportamentos prejudiciais.

Hoje, porém, as pessoas estão ativamente interessadas em prejudicar os outros e cometem inúmeras ações que geram ‘carma’. No Budismo, todas as ações humanas ou resultam em carma bom (chamado de de em chinês) ou resultam em carma ruim (chamado de yeli em chinês). Os benefícios e os infortúnios na vida, tal como a riqueza ou a doença, vêm do carma que a pessoa acumulou nesta e em outras vidas.

A medicina tradicional chinesa diz que uma das causas das doenças é o vento (frio ou quente, de acordo com o clima; ou o “vento interno”, que é uma metáfora para quando os sintomas e doenças com evolução rápida de sintomas, que provocam ataques súbitos – como o AVC -, ou que provocam tremores, espasmos ou enrigecimento, como o Parkinson e outras). Quando a pessoa está tranquila, sua musculatura é sem tensões e seu corpo está relaxado, hígido e sem tremores, e, devido à sua saúde estável e forte, ela não é prejudicada por doenças climáticas e doenças infecciosas.

Na realidade, a olho nu não se pode ver tudo o que há no universo. Há muitas dimensões que os humanos não podem ver. Os canais de energia principais e secundários (chamados de meridianos de energia na Medicina Tradicional Chinesa), assim como os pontos especiais de energia desses canais (utilizados na acupuntura e na massagem chinesa), não existem no corpo desta dimensão, mas existem como campos de energia, hoje detectados por alguns aparelhos científicos.

Carma bom (de) e carma ruim (yeli) são duas energias ou substâncias sutis que fazem parte do corpo multidimensional humano, e existem em outra dimensão. Quando aguém faz uma boa ação, ele obtém de. Quando faz uma má ação, obtém yeli. O de e o yeli de uma pessoa sempre estão agregados ao corpo multidimensional de seu espírito, e estarão com ela onde quer que ela vá.

A ciência moderna não é capaz de detectar outras dimensões, por isso não pode constatar a existência de seres iluminados. A humanidade atual, sob a influência do pensamento contemporâneo materialista, faz tudo visando ganhos pessoais e prazer material, sem pensar nos resultados disso. As pessoas, irrefletidamente, prejudicam umas às outras e, assim, geram carma. Elas não sabem que o carma é a raiz de todas as doenças, sofrimentos e tribulações que existem na vida humana.

Pode-se encontrar o que foi dito acima em muitos livros antigos. Sun Simiao, grande e famoso médico da antiga china, citou em seu livro ‘Prescrições Valiosas para Emergências’ que a razão de os médicos serem necessários é porque as pessoas ficam doentes como resultado do desvio de seus comportamento e mentes.

Como seres humanos somos muito obstinados e restringidos por nossas próprias percepções. Não conseguimos ver nossas ilusões mentais, não abandonarmos facilmente nossas noções erradas. Não estamos dispostos a melhorar a nossa moralidade, apesar de estarmos doentes.

Quando alguém está tranquilo e calmo, ele naturalmente não comete más ações, não acumula carma e não é afetado por coisas nocivas e influências maléficas. Portanto, não cometer más ações é mais importante do que simplesmente ter hábitos saudáveis de vida.

Epoch Times