Mêncio, o segundo grande sábio confucionista

26/08/2012 03:00 Atualizado: 01/06/2013 14:26
Mêncio, o segundo grande sábio confucionista (Yeuan Fang/The Epoch Times)

Mêncio nasceu em 372 a.C. durante os Período dos Reinos Combatentes (403-222 a.C.). Seu pai morreu quando ele tinha três anos, e sua mãe o criou sozinha com tanta dedicação que se mudou várias vezes até encontrar um lugar apropriado para morar próximo a uma escola, onde acreditou que o ambiente educativo teria uma influência positiva para seu filho. Quando Mêncio cresceu, ele se tornou um intelectual e erudito.

Foi um período caótico depois da queda do antigo sistema feudal Chou e o início de uma nova ordem. Duques ambiciosos e senhores feudais em ascensão criavam guerras uns contra os outros para expandir seus territórios e obter liderança; por isso, estrategistas e conselheiros políticos eram muito requisitados para lutar pelo poder na China. No entanto, Mêncio e seus estudantes escolheram viajar para promover a ideia de moralidade e benevolência.

De acordo com a filosofia de Mêncio, quando a atenção de uma pessoa não é reconhecida, esta deve olhar para dentro e perguntar a si mesma se a atenção foi suficiente. Quando o conselho de uma pessoa não é apreciado, este deveria perguntar-se se o conselho foi sábio o suficiente. Quando a bondade de alguém não é reconhecida, este deveria perguntar-se se foi sincero o suficiente. Cada vez que uma pessoa recebe uma resposta desagradável de outra, deveria sempre examinar a si mesma para encontrar a razão ao invés de culpar os outros.

Do ponto de vista de Mêncio, uma pessoa não deveria ser julgada por sua riqueza ou posição social, mas apenas por sua capacidade de manter um alto padrão moral. “Quando olhar para cima, não ter motivo para envergonhar-se perante o céu, quando olhar para baixo, não ter razão para corar entre os homens”, refletiu o sábio. Também dizia que para evitar apegar-se a posses materiais e ao conforto físico, deve-se retornar a natureza boa inata. Isso requer grande determinação e perseverança.

Mêncio era muito respeitado, mas sua nobre filosofia e teoria de governo humanistas não eram consideradas entre duques e príncipes, que estavam mais interessados na ambição do poder. Um duque disse a Mêncio, “Eu sinto muito. Com todo respeito, o que eu necessito é alguém que possa me ajudar a vencer a guerra.”

Depois de passar por muitos Estados, e não tendo oportunidade de ver sua filosofia implementada por aqueles duques, Mêncio estava finalmente cheio de desapontamento e suspirou, “oh, este período de guerras não é o momento para minha filosofia, talvez seja melhor voltar para casa!” Então, ele retornou para sua cidade natal e focou-se em ensinar seus pupilos até sua morte aos 83 anos em 289 a.C.

Mêncio foi nomeado o “segundo sábio” em honra a seu caráter e conhecimento. Sua filosofia é considerada um confucionismo ortodoxo.

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