O Ministério da Defesa informou nesta quinta-feira (3) que a Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou pelo menos dez pistas clandestinas para pouso de aeronaves a serviço dos garimpeiros.
O chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), general-de-exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, disse que duas delas serão destruídas pela Operação Ágata 4 e a definição dos locais destruídos será informada nos próximos dias, segundo site do ministério.
Villas Bôas é o comandante da Operação Ágata 4, considerada a maior ação conjunta das Forças Armadas na região Norte do País. A megaoperação reúne cerca de 8,5 mil militares das tropas da Marinha, Exército e Aeronáutica, e conta com apoio da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
A missão foi iniciada nesta quarta-feira (2) com o objetivo de combater o tráfico de drogas e de pessoas, assim como crimes ambientais de garimpo e extração madeireira irregulares nas fronteiras da Amazônia.
Os militares estarão nas próximas semanas patrulhando os territórios dos estados brasileiros Amazonas, Pará, Amapá e Roraima e as fronteiras com Guiana Francesa, Guiana, Venezuela e Suriname. A área patrulhada estende-se por cinco mil quilômetros, desde a foz do Rio Oiapoque até o município de Cucuí, no estado do Amazonas.
Estão previstas também ações sociais, como atendimento médico à população e ajuda aos ribeirinhos desalojados pelas enchentes do Rio Negro e seus afluentes.
A Operação Ágata 4 faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho de 2011 pela presidente Dilma Rousseff. O vice-presidente, Michel Temer, está coordenando o plano junto aos Ministérios da Justiça e da Defesa.