Médicos chineses são presos por usarem pacientes falecidos em fraude de seguros

15/06/2015 11:55 Atualizado: 15/06/2015 11:55

Um grupo de médicos chineses foi acusado de múltiplos crimes relacionados a fraude de seguros. Eles utilizavam cadáveres de pacientes com câncer recentemente falecidos para falsificar acidentes de trânsito, o que lhes permitia acumular milhões de yuan em compensação ilegítima.

O jornal estatal People’s Daily reportou que no dia 19 de maio vários médicos que trabalhavam no  Hospital Popular do Distrito de Biling eram suspeitos de participar na operação criminosa.

Esse tipo de ato vem ocorrendo desde maio de 2011, quando um médico de sobrenome Yang começou a trabalhar no tratamento de pacientes com câncer em estado terminal a pedido de Wang, que na altura detinha o cargo de diretor do departamento de seguros do hospital.

Juntos, os dois encorajavam pacientes a comprar seguros de valor elevado. Quando o paciente morria, Yang simulava um acidente de automóvel em conluio com a família do paciente. Dois outros médicos de nome Ning e Li, apressavam-se para chegar ao “local do acidente” e fingiam administrar “cuidados intensivos” ao paciente falecido, cujo corpo era usado como um adereço.

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Yang preenchia um certificado de óbito e tomava as medidas necessárias para reclamar compensação das companhias de seguro.

Ele e seus cúmplices encenaram 42 falsos acidentes usando pacientes já falecidos, de acordo com artigo do People’s Daily. Destes, 25 foram bem sucedidos, fazendo os médicos receberem cerca de 3 milhões de yuan (aproximadamente U$ 480 mil) em compensações das companhias de seguros.

O grupo foi exposto em janeiro quando a agência de segurança pública local recebeu vários relatos de suspeita de fraude vindos das companhias de seguros, incluindo 5 envolvendo Yang.

Investigações revelaram que Yang tinha estado em contato frequente com os condutores envolvidos em muitos dos acidentes, ou que todos eles eram seus parentes.

Sete suspeitos foram presos e colocados sobre detenção por crime, relatou o People’s Daily.