Materiais de construção importados da China geram leucemia e asma

08/02/2016 12:00 Atualizado: 08/02/2016 05:37

Os EUA agora têm se familiarizado com as problemáticas importações de produtos vindos da China, as quais já trouxeram para o país desde alimentos tóxicos para animais de estimação até  brinquedos tóxicos perigosos para as crianças. O mesmo têm ocorrido, em geral, com materiais de construção, além dos famigerados casos com as construções em drywall.

De acordo com estatísticas do China’s National Interior Decoration Association, 111.000 pessoas morrem na China anualmente devido à poluição do ar dentro de casa, conhecida como “poluição decorativa.” Isso é algo como 304 pessoas mortas por dia – esses dados foram fornecidos pela mídia estatal, China News, em setembro de 2014.

A história de uma menina de 4 anos diagnosticada com leucemia ilustrou as principais manchetes em 2013, depois que foi revelado que o ar dentro de sua casa, em Changsha, província de Henan, estava poluído com produtos químicos tóxicos, como formaldeído e benzeno, oito anos após a reforma da casa ter sido feita.

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Em 2014 seu pai, o Sr. Jiang, também chegou a desenvolver leucemia, de acordo com os relatórios.

Abaixo seguem listados quatro tipos de materiais de construção fabricados na China potencialmente perigosos para a saúde.

Adesivos obtidos por lixiviação

Cerca de 1.400 empresas na China são licenciadas para produzirem  cola resistente à água, enquanto outras 500 fabricam o produto sem licença. De acordo com a Zepol, empresa que fornece dados de importação e exportação de consumidores dos EUA e Censo, os Estados Unidos importaram US$ 1,16 milhões (R$ 4,52 milhões) de adesivos da China, em novembro de 2015, o quarto mais alto na lista.

A maioria dos adesivos resistentes à água são à base de poliuretano e são geralmente preparados por dissolução do asfalto com solventes tóxicos. Qualquer solvente residual, resultado de processos realizados com baixa qualidade de produção, pode potencialmente lixiviar no ar, mesmo que se encontrem cobertos com cimento e azulejos.

Cerâmicas radioativas

Em 2012, 60% do revestimentos cerâmicos utilizados nos EUA eram originados de importações. Por metragem quadrada, a China perdeu apenas para o México, sendo a segunda maior nação exportadora de cerâmica, de acordo com as estatísticas publicadas pelo site chinês floordaily.net, que divulga informações detalhadas sobre a indústria.

A Sra. Sun, uma residente de Nanjing, província de Jiangsu, queixava-se de secura nos olhos sempre que  ficava em casa por muito tempo. Ela pediu uma inspecção e descobriu-se que os ladrilhos de mármore eram radioativos, de acordo com um relatório publicado no Sina, em outubro de 2012.

As cerâmicas podem se tornar radioativas quando os fabricantes adicionam óxido de zircônio intencionalmente como agente de branqueamento, o que as tornam mais brilhantes e, portanto, mais populares entre os consumidores. A adição de silicato de zircônio, um agente emulsionante utilizado durante o processo de vitrificação, também pode fazer as cerâmicas se tornarem tóxicas.

Cerâmicas com acabamento fosco não paresentam essas substâncias tóxicas.

Pintura venenosa

Deng Minghe, um ator infantil popular na China, morreu de leucemia em abril de 2015, com a idade de 8 anos. Mais tarde, verificou-se que a causa foi a tinta usada na renovação de sua casa, de acordo com relatos da mídia chinesa.

A presença de solventes orgânicos tóxicos e chumbo dentro de tintas é extremamente prejudicial para as crianças, devido à sua baixa imunidade. Além de leucemia, dores articulares, anemia, perda de memória e deterioração da função cognitiva, são problemas comuns associados com a poluição por tintas contaminadas.

Os especialistas sugerem a compra de tintas à base de água, para evitar o contato com solventes orgânicos tóxicos.

Asma induzida pelo drywall

O drywall importado da China  durante o boom da construção nos Estados Unidos, entre 2004 e 2007, tornou-se famigerado. Proprietários que usaram o drywall chinês rapidamente começaram a queixar-se de odores ruins, crises de asma, tosse crônica, dificuldade respiratória e dores de cabeça crônicas, entre outras doenças.

Após danificar de 60.000 a 100.000 casas, causando perdas de US$15 a 25 bilhões, foi aberto um grande número de processos contra os responsáveis. Alguns deles ainda esperam obter  justiça através do sistema legal.

A emissão de enxofre foi a causa por trás dos diferentes problemas de saúde. Uma possível explicação para este problema tinha sido atribuída ao uso de cinzas volantes, que se decompõem na presença de calor e  umidade (tal como na Flórida e na América do Sul). Mesmo que os Estados Unidos também usem cinzas volantes em drywall, o processo de fabricação é muito mais robusto e cria um produto final mais resistente e mais puro.

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