Na quarta-feira (6) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou dados que mostram o aumento do número de miseráveis no Brasil.
O indicativo mostra que pela primeira vez desde 2003 o número de pessoas que vivem com renda abaixo de R$ 70 mensais passou de 3,6% para 4% da população brasileira. Marina Silva, candidata derrotada no primeiro turno das eleições presidenciais, escreveu um artigo em seu site dizendo que esses dados só foram revelados agora para proteger a presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral.
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“O Ipea, órgão vinculado à Presidência da República, adiou o anúncio das estatísticas sobre pobreza e miséria no país e alegou que tal decisão era para não favorecer nenhum candidato (na verdade, não queria oferecer constrangimento à candidatura petista)”, escreveu a ex-senadora.
Marina Silva também citou a decisão do Banco Central em aumentar os juros, fator condenado por Dilma durante toda a campanha onde ela dizia que esta era a estratégia de Aécio Neves (PSDB) e que adotá-la geraria desemprego aos brasileiros.
“A realidade se mostra na exposição de dados oficiais omitidos, deliberadamente, por representantes do próprio governo durante a campanha presidencial”, disse Marina Silva.
Outro ponto que a ex-ministra do Meio Ambiente citou foi a divulgação de dados da Receita Federal que mostram a diminuição das arrecadações. “No último dia 29, a expectativa dos especialistas sobre a redução das receitas tributárias se confirmou. Entraram nos cofres do governo R$ 90,722 bilhões, valor 4,42% inferior ao registrado em agosto. Maus um forte sinal da retração acentuada da economia brasileira”.